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Estado de Minas RELIGIÃO

Papa Francisco dá 'aval' à histerectomia

Desde que a remoção do útero seja em prol da saúde da mulher


postado em 04/01/2019 11:30 / atualizado em 04/01/2019 11:43

(foto: CNS Photo/Divulgação)
(foto: CNS Photo/Divulgação)

Em declaração assinada no dia 10 de dezembro e publicada na última quinta, dia 3 de janeiro, pela Congregação para a Doutrina da Fé – órgão do Vaticano responsável pela correta aplicação da doutrina católica –, o papa Francisco afirma que a histerectomia, ou remoção do útero, não é errado quando ele deixa de estar apto para a gravidez. A informação foi divulgada pela agência espanhola de notícias EFE.

Em 1993, a Congregação para a Doutrina da Fé já havia reconhecido que a remoção do útero é moralmente lícita quando há risco de morte ou problema grave de saúde da mulher. A instituição da Igreja Católica também reconheceu, na época, que a laqueadura (ligadura das trompas uterinas), método muito comum de esterilização feminina, é permitida quando a gravidez poder envolver risco de morte.

O novo texto publicado pelo papa é tido como uma resposta aos casos apresentados ao Vaticano e que apresentam situações em que não é possível a procriação, incluindo relatos de especialistas afirmando que a gravidez levaria a um aborto espontâneo, segundo a EFE.

Nesses casos, "remover o órgão reprodutivo incapaz de sustentar uma gravidez não pode ser qualificado como esterilização direta, que permanece sendo intrinsecamente ilícita como fim e meio", diz o artigo de Francisco.

O pontífice observa ainda que "o propósito da esterilização é impedir a função dos órgãos reprodutivos e esterilização maliciosa consiste em rejeitar a prole".

Entretanto, o artigo recém publicado não diz que a decisão de realizar a histerectomia é sempre a melhor, mas apenas reconhece que é "moralmente legítima", sem excluir outras opções, como os períodos de infertilidade e a abstinência total de sexo.

(com Agência Télam)

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