A JMJ começa no Vaticano no dia 25 de março, e a mensagem divulgada pelo pontífice afirma que, atualmente, muitos jovens acabam sendo afetados pela "rejeição digital", e que muitos deles sentem "um medo profundo de não serem amados e aceitos pelo que realmente são".
Francisco chega a criticar as fotografias manipuladas como um problema comum na juventude de hoje. "Muitos jovens usam continuamente 'photoshop' nas suas imagens, para se esconderem por trás de máscaras e identidades falsas, chegando quase a se tornarem, eles próprios, um 'fake', uma identidade falsa", alerta o líder da Igreja Católica.
O papa, que tem o costume de se dirigir de forma mais coloquial com os jovens, reclama ainda que "muitos têm a obsessão por grandes quantidades de 'likes'. E desta sensação de desajustamento, surgem muitos medos e incertezas".
Essas incertezas, conforme Francisco, se devem pela insegurança afetiva e pela "precariedade do trabalho". Neste caso, muitos temem que o fim dos estudos não signifique uma situação profissional satisfatória e, assim, deixem de cumprir os sonhos que carregam consigo. "É preciso discernimento para colocar em ordem os pensamentos e sentimentos e atuar de maneira justa e prudente. E não perder tempo e energia com fantasmas sem rosto nem consistência", comenta o papa.
"Não deixeis, queridos jovens, que os fulgores da juventude se apaguem na escuridão duma sala fechada, onde a única janela para o mundo seja a tela do computador e do smartphone", aconselha o sumo pontífice.
(com Agência Brasil e Agência EFE)