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Estado de Minas ASTRONOMIA

Descoberta galáxia quase tão velha quanto o Universo

Bedin 1 fica a 30 milhões de anos-luz da Via Láctea


postado em 01/02/2019 10:26 / atualizado em 01/02/2019 10:30

A galáxia anã Bedin 1 é quase tão velha quanto o Universo: foi datada com cerca de 13 bilhões de anos, segundo os astrônomos da ESA(foto: Hubble/ESA/Divulgação)
A galáxia anã Bedin 1 é quase tão velha quanto o Universo: foi datada com cerca de 13 bilhões de anos, segundo os astrônomos da ESA (foto: Hubble/ESA/Divulgação)

Em comunicado divulgado na última quinta, dia 31 de janeiro, a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) revela que foi descoberta, com a ajuda do telescópio espacial Hubble, uma galáxia anã que é quase tão velha quanto o Universo. A idade aproximada dela é de cerca de 13 bilhões de anos.

Batizada de Bedin 1, a nova estrutura celeste fica a 30 milhões de anos-luz da Via Láctea e pertence ao grupo de galáxias anãs esféricas, que se caracterizam pelo tamanho "reduzido", pouca luminosidade, falta de poeira espacial e por conter estrelas muito antigas.

Apesar de ser um tipo comum de galáxia – já foram identificadas 22 ao redor da Via Láctea – a Bedin 1 é considerada única pelos astrônomos por estar muito isolada. Ela fica a dois milhões de anos-luz da sua "vizinha" NGC 6744.

Alongada e considerada uma galáxia anã esférica, a Bedin 1 tem um formato parecido com a de um "ovo". Seu comprimento é de, no máximo, 300 anos-luz, segundo a ESA. Para se ter uma ideia, a Via Láctea possui diâmetro de 100 mil anos-luz.

A Agência Espacial Europeia admite que galáxias como a recém descoberta "não são incomuns", mas ela é especial porque é isolada e é a menor de todas as galáxias anãs descobertas até hoje.

Outra curiosidade dessa galáxia é que ela tem cerca de 13 bilhões de anos, o que a deixa "próxima" ao Big Bang (explosão que deu origem ao Universo), que ocoreu há aproximadamente 13,8 bilhões de anos.

"A descoberta de Bedin 1 foi uma casualidade. Poucas imagens do Hubble permitem visualizar esses objetos, por cobrirem uma pequena área do céu. No futuro, telescópios com maior campo de visão terão câmeras capazes de cobrir uma área muito maior e poderão encontrar muitos mais desses vizinhos galáticos", informam os cientistas no comunicado.

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