Publicidade

Estado de Minas

O futuro passa por Minas


postado em 14/02/2013 08:33

A evolução da crise na economia e o desgaste governamental em função da série cada vez mais grave de denúncias de corrupção levarão Minas Gerais a exercer uma forte influência na sucessão presidencial e na renovação do Congresso. O estado já nos deu provas de desenvolvimento, com JK, de choque de ordem e progresso, com a revolução nascida em Minas unida, e de conciliação nacional, desenhada por Tancredo Neves. E, por fim, de “choque de gestão”, com Aécio Neves Cunha-Antonio Anastasia.

 

O nome natural, lembrado oficialmente pelo ex-presidente FHC, é o do senador Aécio Neves, que tem todas as credenciais, a começar pela inconteste liderança no estado que soube governar com sucesso e reconhecimento. Realmente, Minas e o grupo político liderado pelo ex-governador têm quadros sólidos para lhe garantir uma retaguarda. O primeiro nome é o do governador Antonio Anastasia, que deve disputar uma cadeira no Senado, mas pode ser, em uma composição, o próprio candidato de Aécio à Presidência da República ou até a compor, como vice, uma chapa de união nacional. A grande força do senador Aécio Neves é justamente não colocar suas justas ambições acima dos interesses de Minas e do Brasil, como aprendeu com o pai e os avós.

 

O controle de Minas parece garantido pelo consenso, entre o grupo político no poder estadual, de que o vice-governador, Alberto Pinto Coelho, um político de alta credibilidade, é o nome de união, grão-mestre da habilidade e de histórica lealdade. Na faixa da nova geração, para o que der e vier, o deputado Rodrigo de Castro, por duas vezes – e merecidamente – o mais votado, tendo ganhado projeção nacional na Secretaria Geral do PSDB, e que ainda teve seu nome lembrado para presidir o partido na convenção marcada para abril. Seria, digamos, o “coringa” do primeiro escalão.

 

Passando a sucessão por uma Minas que naturalmente se une, com força eleitoral, a formação de uma ampla coligação de centro é ponto pacífico. A credibilidade que faltava ao sr. Serra, em suas frustradas candidaturas, em todos os níveis, sobra na política mineira e em sua figura maior, que é Aécio Neves. Partidos como o PP – presidido, inclusive, por um mineiro, o senador Francisco Neves Dornelles, sobrinho de Tancredo –, o DEM, o PTB e o PSD teriam como caminho natural a união em torno do nome mineiro. O PMDB, decisivo na eleição, se é rival regional, no plano nacional tem grandes afinidades com uma candidatura de respaldo popular e de linha conciliadora. E a geração local de confronto com o grupo de Aécio no PMDB, legenda na qual Tancredo foi eleito senador, governador e presidente, parece que não se negaria a aceitar a frente de salvação nacional.

 

Estado com força econômica, com empresas basicamente nacionais, bem distribuídas entre indústria, agricultura e serviços, centros de excelência tecnológica e acadêmica, Minas pode mobilizar as forças da produção para que elas se empenhem sob a bandeira da retomada do crescimento, com reconhecimento do empreendedorismo e da função social da livre empresa. Já tivemos uma revolução pelas armas, em 1964; uma pela articulação política, em 1985; e podemos ter, agora, uma revolução pelo voto.
Dentro de uma tradição republicana inconteste, Minas conversa com São Paulo, como chegou a ser explícito o senador Aécio Neves quando da lembrança, de surpresa, de seu nome pelo ex-presidente FHC. Muito jovem, acompanhou as articulações do avô para o sucesso no Colégio Eleitoral, em que políticos paulistas foram importantes aliados.
E a união sólida de seus quase mil municípios ganhará novo impulso com a anunciada eleição do prefeito Toninho Andrada, de Barbacena, para presidir a importante AMM – Associação Mineira de Municípios –, que certamente vai se constituir em fórum de progresso e ação política no fortalecimento do municipalismo, dando exemplo aos demais estados.
Para vencer as dificuldades na economia, incorporar as forças vivas da nacionalidade, sustentar a bandeira da liberdade e da responsabilidade e restabelecer o respeito internacional, Minas tem história, disposição e nomes para oferecer ao Brasil.

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade