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Estado de Minas MINEIROS DE 2013 | ESPORTE

Alexandre Kalil

Como dirigente, ele se tornou celebridade depois de levar o Galo à maior conquista da sua história. Como político, foi cobiçado por partidos e deve ser puxador de votos em 2014


postado em 06/01/2014 17:21

A imagem de Alexandre Kalil em lágrimas no gramado do Mineirão, logo após a conquista da Copa Libertadores da América pelo Atlético Mineiro, em julho, resume bem a importância de 2013 na vida do dirigente esportista. O ano fechou um ciclo na sua vida, que começou ainda na década de 1980, quando seu pai, o saudoso ex-presidente atleticano Elias Kalil, foi garfado pela cartolagem carioca e não conseguiu ver seu time campeão das Américas. Naqueles remotos anos 1980, o jovem aprendiz Kalil sofria, calado, ao lado do pai-presidente. Sem poder fazer nada. Em 2013, tudo foi diferente: a dinastia Kalil venceu. E o experiente Alexandre pôde soltar, enfim, seu grito. Sem, claro, esquecer-se do pai. "Foi ele quem me ensinou o tamanho do Atlético", diz.

Para chegar ao mais importante título do futebol do continente sul-americano, o dirigente não mediu esforços. "Vamos encher o time de gente do bem, vamos povoar o Atlético de boas intenções", disse logo que assumiu o cargo, em 2008. 
 
Em menos de dois anos, Kalil mudou radicalmente a cara do clube. Colocou a casa em ordem, criando o melhor centro de treinamento do país, disputado, este ano, por vários países que vão jogar a Copa do Mundo 2014. Os argentinos levaram a melhor e no ano que vem, durante 20 dias, a Cidade do Galo será o endereço de Lionel Messi e seus companheiros. 

"Você vê o que é o cara ser um visionário: quando meu pai comprou aquele terreno, lá em Vespasiano, ninguém falava em Cidade Administrativa ou Vetor Norte. Todo mundo achava o lugar distante, o fim do mundo", conta. Mais de 30 anos depois, a Cidade do Galo, com 250 mil m², quatro campos de tamanho oficial e um avançado centro de fisiologia, é um dos principais fatores que garantem a tranquilidade e o bom desempenho dos atletas. 

No Atlético, Kalil formou um time respeitado no Brasil e no mundo, no qual a prata da casa é cuidadosamente mesclada com alguns medalhões. Investiu no desacreditado Ronaldinho Gaúcho, trouxe Jô (numa decisão estritamente pessoal, sem consultar o técnico Cuca) e recontratou Diego Tardelli. O ataque foi completado com a revelação do ano, o atacante Bernard, formado na base do clube e já vendido para o exterior. 

Depois de admitir, em entrevista exclusiva à Encontro, que poderia entrar para a política, Kalil assinou, em outubro, sua filiação ao PSB. Antes, porém, foi cobiçado por outros partidos. Quanto a uma possível candidatura, garante apenas que só vai exercer função pública quando se encerrar o compromisso com seu clube do coração. Em tempo: seu mandato no Galo termina em dezembro de 2014.
 
Perfil:
 
Alexandre Kalil
Nascido em Belo Horizonte (MG)
53 anos, divorciado, três filhos
Graduado em engenharia civil pela Faculdade Kennedy
Presidente do Clube Atlético Mineiro 

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