A reforma, que levou 10 meses, custou R$ 2,6 milhões aos cofres públicos, mas a deteriorização impede que hoje a praça cumpra a função de ser espaço de convivência e descanso. “A situação daqui é bem constrangedora. Há pessoas que fazem deste lugar a casa delas. Às vezes, queremos descansar, ler um livro ou namorar por aqui, mas não dá. Sem falar do mau cheiro”, diz a consultora de moda Fernanda Teixeira Carvalho.
Para diminuir a sensação de insegurança, o major Rodrigo Piassi, comandante da 5ª Companhia da Polícia Militar, anunciou a instalação de uma base comunitária móvel da PM no local nos horários de maior movimento. “Vamos trabalhar em parceria com a Guarda Municipal para restabelecer a importância da praça Raul Soares”, diz o major.
A assessoria da Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial da PBH informou que, atualmente, três guardas municipais fazem a vigilância da Raul Soares. Ainda de acordo com o órgão, não é crime tomar banho – sem se despir – ou lavar roupa na fonte luminosa, mas, se qualquer pessoa for flagrada depredando o patrimônio ou consumindo drogas ilícitas, será presa e conduzida à delegacia.
Marcelo de Souza e Silva, secretário da regional Centro-Sul da prefeitura, diz que está atento aos problemas do local, entre eles, a presença ostensiva de moradores de rua. “É feito um acompanhamento sistemático das pessoas que ficam na praça, a fim de promover a inserção delas na rede de serviços socioassistenciais. Em nenhuma hipótese é feita a retirada compulsória”, afirma.
Ainda de acordo com o secretário, objetos que obstruam a passagem dos pedestres são retirados, entretanto, preservando os direitos da população em situação de rua, previstos em lei. Sobre os bancos danificados, informa que há levantamento dos reparos necessários para a manutenção, a exemplo dos postes de iluminação.