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Estado de Minas CIDADE | TORRES GÊMEAS

Torres Gêmeas do Santa Tereza finalmente serão terminadas

Depois de três décadas de abandono, os conhecidos prédios ganham obras. Empreendimento tem previsão de entrega em 2019


postado em 20/04/2017 11:56

Torres gêmeas de Santa Tereza: espigões inacabados com 17 andares e 132 unidades serão abrigados por um condomínio com lazer completo(foto: Denis Medeiros/Encontro)
Torres gêmeas de Santa Tereza: espigões inacabados com 17 andares e 132 unidades serão abrigados por um condomínio com lazer completo (foto: Denis Medeiros/Encontro)
Uma antiga novela em Belo Horizonte parece estar chegando ao fim. O roteiro, iniciado na década de 1980, não agradou a ninguém. Invasões, crimes violentos, incêndio e tráfico de drogas foram a tônica de grande parte dos capítulos que tiveram como protagonistas dois espigões, apelidados de Torres Gêmeas, no bairro de Santa Tereza, na região Leste. Tudo começou quando os edifícios, erguidos pela ICC Incorporadora e Jet Engenharia, tiveram as obras paralisadas. As empresas faliram. Os clientes ficaram a ver navios e os prédios, de 17 andares cada um e com os tijolos à vista, abandonados. Na década seguinte, começariam as invasões e a série de crimes na rua Clorita. Três décadas depois, garantem os novos empreendedores, o final feliz está próximo.

"As pessoas estão nos chamando de corajosos", diz Gilberto Moreira Siqueira, diretor administrativo da Construtora Vereda, que arrematou em 2015 os edifícios e começou a limpeza no segundo semestre do ano passado. Para a obra começar para valer falta apenas o sinal verde da Prefeitura de BH, que está ainda avaliando o projeto de conclusão dos prédios. Mas Gilberto acredita que não haverá problemas. "Não estamos inventando nada. O projeto se baseia em normas atuais", afirma. A previsão é começar as vendas no próximo ano. A inauguração deve acontecer no fim de 2019.

Gilberto Moreira e Vitor Vaz da Costa, sócios da Construtora Vereda:
Gilberto Moreira e Vitor Vaz da Costa, sócios da Construtora Vereda: "Será o primeiro e último empreendimento vertical de Santa Tereza", diz Gilberto (foto: Denis Medeiros/Encontro)
A nova configuração não tem espaço para o apelido "Torres Gêmeas". O empreendimento foi batizado de Altabella Urban Resort. Os prédios serão ligados por uma área de lazer completa com piscina, deck molhado, anfiteatro, salões de festas, espaço gourmet, espaço pet, bicicletário, salas de jogos, churrasqueira e sala de ginástica. Serão 132 apartamentos, com um e dois quartos, com tamanhos variados (44,6 m2, 57,05 m2 e 69,5 m2). "Será o primeiro e último empreendimento vertical de Santa Tereza, ainda num terreno de 5 mil m2, algo raro para os dias de hoje", diz Gilberto. Atualmente, o bairro de Santa Tereza está inserido em uma das Áreas de Diretrizes Especiais (ADE) da cidade, o que, entre outras ações, impede a sua verticalização. A ADE foi criada em 1996, ou seja, depois da construção das torres.

Está nos planos da construtora também revitalizar o entorno dos prédios. A rua Clorita, que será o acesso principal ao condomínio, será ampliada. As calçadas e o pavimento receberão melhorias. "É nossa obrigação social. Estamos sendo muito bem recebidos", afirma Gilberto, sobre a vizinhança, que compreende os barracos da Vila Dias. João Bosco Alves Queiroz, presidente da Associação Comunitária de Santa Tereza, mostra-se aliviado com a notícia. "Vai melhorar a região, que antes era vista como perigosa, sobretudo, durante a época das invasões", diz. Que seja mesmo o fim de uma desagradável novela. E que não tenha reprise.

Perspectiva do Altabella Urban Resort: previsão é de que as vendas comecem no próximo ano(foto: Divulgação)
Perspectiva do Altabella Urban Resort: previsão é de que as vendas comecem no próximo ano (foto: Divulgação)

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