
Com 22 anos de existência, o Ponteio foge dos padrões dos malls tradicionais. Seus corredores raramente estão lotados. "Aqui, não temos compras por impulso. Ninguém sai de casa e compra um sofá ou uma mesa só por ter gostado da peça", explica Rafael. Talvez por isso, o centro comercial atraia um público mais seleto, admirador de arte e cultura. Prova disso, seu cinema – considerado um dos melhores da cidade – aposta não apenas nos blockbusters, mas também em filmes tidos como alternativos. A sala Cineart Premier é ideal para quem busca conforto. Com poltronas reclináveis, o espaço conta ainda com menu gourmet, com 30 opções assinadas pelo chef Pablo Abreu. Os clientes podem degustar um simples pão de queijo recheado até saladas e quiches enquanto assistem a um filme. Para acompanhar, champanhe, espumante e vinhos, servidos em garrafa ou taça.

A pouco menos de 2 quilômetros do Ponteio, o Falls cumpre bem sua missão de shopping de bairro. Construído no estilo open mall, tem um mix de lojas e prestadores de serviços, como cabeleireiros, agência de viagem e academia. Cerca de 2 mil pessoas passam por ali diariamente. "Meu filho estuda aqui perto e sempre venho um pouco mais cedo, assim consigo resolver várias coisas, como consertar uma roupa ou ir ao correio", diz a funcionária pública Sheila Guerra Murta. Quem mora ou trabalha no bairro também aproveita para encher as sacolas ali. "Costumo vir aqui para tudo, fazer compras ou almoçar. É um local que atende muito bem os moradores porque oferece serviços fundamentais", afirma a corretora de imóveis Mônica Gontijo. "E ainda dá para vir a pé", completa. Além disso, o centro conta com uma praça de alimentação com 200 lugares e um parquinho que garante a alegria da criançada. "Existe uma carência no mercado de BH que é encontrar um local que ofereça atrativos para pais com filhos até 10 anos de idade", diz Carlos Magno Rodrigues, superintendente do Falls. "Durante as compras, as crianças podem se divertir com segurança."

Apesar da crise enfrentada pelo país nos últimos anos, o São Bento está com 95% de suas lojas ocupadas. Segundo Júlio Santana, administrador do centro desde a sua inauguração, as lojas de roupas, bijuterias e lingerie dividem cada vez mais espaço com prestadores de serviços. É possível encontrar ali dentistas, autoescola, corretoras de seguro, imobiliárias e salões de beleza. Há três anos, o tatuador Rogério Muzzi montou o seu estúdio, o Dr. Tattoo, no segundo piso do centro comercial. "Uma das razões que nos trouxe para cá foi a questão da segurança", explica Rogério, que está no mercado há mais de duas décadas. Outro motivo foi o espaço. Hoje ele ocupa quase 80 metros quadrados. "Além do estúdio, montamos uma escola onde damos aulas diárias para até cinco alunos por turma", diz o proprietário, que chega a atender 200 pessoas por mês.