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Estado de Minas

Você conhece os parques Julien Rien e Prof. Amílcar Viana Martins?

Eles são os principais locais de lazer dos bairros Anchieta e Cruzeiro, respectivamente


postado em 14/08/2018 16:03

(foto: Alexandre Rezende/Encontro)
(foto: Alexandre Rezende/Encontro)
Um espaço público diferente. Talvez um dos poucos da capital mineira que realmente permita que se tenha uma conexão mais próxima com a natureza em um centro estritamente urbano. Em meio a prédios e avenidas, o Parque Municipal Julien Rien, localizado no bairro Anchieta,  surpreende pela arquitetura vertical, que, por meio de extensa escadaria, com cerca de 213 degraus, interliga a avenida Bandeirantes à praça Marino Mendes Campos, na avenida Francisco Deslandes. A cada lance de escada, a área de proteção ambiental mostra que, de fato, cumpre o seu propósito. O canto dos pássaros é constante e tranquilizador, bem diferente dos ruídos dos carros que nem parecem estar tão próximos. Nas minipracinhas que se apresentam - ao todo, são 12 -, esquilos e micos-estrela fazem graça sem medo, seguros de que ali estão devidamente protegidos. Em uma delas, o barulho inesperado de água corrente vem de uma pequena cascata abrigada no local.

Inaugurado em 1978 em uma área de 14.530 m², o parque é sítio de preservação de nascentes, circundado por rica flora, com espécies ornamentais e árvores nativas, entre elas as tipuanas e sibipurunas. Em geral pouco movimentado, o espaço é ideal para quem gosta de meditar ou simplesmente diminuir o ritmo. Outros usufruem a tranquilidade do ambiente para fazer piqueniques com as crianças, ver os animais silvestres, mas lamentam não haver nenhum parquinho com brinquedos para os pequenos se divertirem. "Moro neste bairro desde que nasci e era comum virmos aqui na infância para brincar", diz o advogado Recaredo Araújo, de 42 anos. Hoje ele retorna ao local com os filhos, os gêmeos Livia e Gustavo, de 4 anos. "Sem dúvida, é muito importante que eles tenham esse contato direto com a natureza, e ter essa possibilidade perto de casa é muito bom."

O advogado Recaredo Araújo mata as saudades da infância no Parque Julien Rien levando os filhos Gustavo e Livia para brincar:
O advogado Recaredo Araújo mata as saudades da infância no Parque Julien Rien levando os filhos Gustavo e Livia para brincar: "Sem dúvida, é muito importante que eles tenham esse contato direto com a natureza" (foto: Violeta Andrada/Encontro)
Os mais dispostos, aproveitam a topografia inclinada para praticar atividade física na escadaria, subindo e descendo os degraus. Na parte superior, em uma das entradas do parque, a academia ao ar livre atrai os moradores da região que se exercitam nos aparelhos disponíveis. Aos 64 anos de idade a dona de casa Lúcia de Fátima Costa faz questão de comparecer ao local pelo menos três vezes por semana para manter a boa forma. "Há 30 anos que não deixo de praticar exercícios e sinto que a minha qualidade de vida é muito melhor", diz. Apesar de aparentemente pacato, no parque a prática de esporte radical é comum na pista de skate. O chamado Bowl do Anchieta fica na entrada da avenida Francisco Deslandes, onde frequentemente ocorrem campeonatos amadores e profissionais.

O parque funciona de terça a domingo, das 8h às 17h, período em que conta com um funcionário público que faz a manutenção do espaço. No entanto, a ausência de guarda municipal e a extensa área verde gera medo nos frequentadores. Os empresários José Miguel Lamounier, de 62 anos, e Luciana Reis, 53, proprietários do Café com Arte, moram no bairro Sion e têm o hábito de caminhar pela avenida Bandeirantes até o parque para se exercitar e renovar as energias. "O lugar é lindo, mas só venho acompanhada do meu marido", diz ela. Os moradores da região também questionam as regras da Fundação de Parques Municipais, que proíbem a entrada de animais domésticos, mesmo acompanhados por seus donos. "É uma área que poderia ser melhor aproveitada, especialmente por aqueles que vivem em apartamento, têm animal de estimação em casa e precisam levá-los para passear e se exercitar", diz a estudante Paula Lopes, 25 anos.

Um convite à contemplação

O mirante do Parque Professor Amílcar Viana Martins: uma bela vista da capital mineira com seus arranha-céus(foto: Violeta Andrada/Encontro)
O mirante do Parque Professor Amílcar Viana Martins: uma bela vista da capital mineira com seus arranha-céus (foto: Violeta Andrada/Encontro)
Um cenário de tirar o fôlego. Do alto do mirante do Parque Professor Amílcar Viana Martins, localizado no bairro Cruzeiro, a vista da capital mineira é um convite à contemplação e um contraste de arranha-céus. De lá é possível avistar as nuanças dos bairros Anchieta, Carmo, Sion, São Pedro e Funcionários. Em aproximados 18 mil metros quadrados, o local abriga ampla área verde, com predominância para pinheiros do Paraná, árvores frutíferas e ornamentais. Logo na entrada, quaresmeiras com floração roxa também cativam o olhar. Do parque saem mudas de diversas plantas utilizadas nas praças e canteiros localizados na região centro-sul da cidade, entre elas azaleias, hibiscos, zebrinas e grama-amendoim. Inaugurado em 2000, ao lado da Universidade FUMEC, o local é ponto de recreação para os moradores da região e para jovens estudantes que aproveitam o espaço para relaxar e praticar atividades físicas ao ar livre. E nem mesmo a construção antiga do primeiro reservatório de água de Belo Horizonte tira o encanto do lugar. O prédio, construído em 1897 e tombado pelo Patrimônio Cultural da Fundação Municipal de Cultura, abriga uma caixa-d’água com capacidade para 2 milhões de litros que ainda hoje abastece alguns bairros adjacentes.

Parque Municipal Julien Rien

Endereço
: av. Francisco Deslandes, s/nº e av. Bandeirantes, 911, Anchieta
Funcionamento
: de terça-feira a domingo, das 8h às 17h

Mirante do Parque Professor Amílcar Viana Martins

Endereço
: rua Cobre, 114, Cruzeiro
Funcionamento
: diariamente, das 8h às 17h



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