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Estado de Minas MINEIROS DE 2018

Marcelo Álvaro Antônio

O deputado federal se reelegeu com mais de 230 mil votos em MG e foi escolhido pelo presidente Bolsonaro para ser o titular do Turismo. Sua missão: multiplicar visitantes


postado em 02/01/2019 14:15 / atualizado em 02/01/2019 16:54

O deputado Marcelo Álvaro Antônio:
O deputado Marcelo Álvaro Antônio: "Em reuniões com Bolsonaro, conseguimos sensibilizá-lo de que o ministério pode ser capaz de gerar empregos e renda, além de atrair capital estrangeiro para o Brasil" (foto: Raimundo Sampaio/Esp. Encontro/DA Press)
Nem sempre Marcelo Álvaro Antônio foi conhecido assim. Registrado como Marcelo Henrique Teixeira Dias, a política tratou de rebatizá-lo já em sua primeira eleição, para vereador, em Belo Horizonte, em 2012. Filho do ex-vereador de BH, ex-deputado estadual e ex-deputado federal Álvaro Antônio Teixeira Dias, morto em 2003, ele acabou sendo "obrigado" a incorporar o nome do pai. "Lá no Barreiro, de onde venho, todo mundo dizia: Sabe quem vai ser candidato? O Marcelo do Álvaro Antônio. Aí pegou, não teve como mudar", conta. A mudança surtiu o efeito desejado. À época no Partido Republicano Progressista (PRP), ele recebeu pouco menos de 9 mil votos e conseguiu uma vaga na Câmara Municipal. Nas eleições seguintes, foi personagem de uma espécie de milagre da multiplicação de eleitores. Em 2014, teve mais de 60 mil votos para a Câmara Federal. A ida para o Partido Social Liberal (PSL), do presidente eleito Jair Bolsonaro, o transformou em campeão das urnas. Em outubro último, Marcelo, que é presidente do PSL em Minas, recebeu mais de 230 mil votos e se consagrou como o deputado federal mais votado do estado.

A exemplo do que ocorreu com Bolsonaro, a campanha de Marcelo foi fortemente impactada pelas redes sociais. "Acredito que os eleitores de Minas reconheceram nosso compromisso com a ética e a moralidade", diz. "Atendemos as expectativas, mas sei que ganhamos um impulso graças à campanha de Jair Bolsonaro." O mineiro chegou a ser cogitado para a vaga de vice, mas foi preterido pelo general Hamilton Mourão. O bom desempenho nas urnas o colocou novamente no radar da equipe presidencial e no fim de novembro ele foi convidado a assumir o cargo de ministro do Turismo, pasta cuja extinção chegou a ser anunciada. "Conseguimos sensibilizar o presidente Bolsonaro de que o ministério pode ser capaz de gerar empregos e renda, além de atrair capital estrangeiro para o Brasil."

Marcelo acredita que sua experiência como parlamentar será importante para trabalhar em conjunto com outros ministérios, em especial o da Justiça, de Sérgio Moro; e o da Ciência e Tecnologia, de Marcos Pontes. "O Brasil tem potencial muito grande, mas está aquém do que deveria no turismo", diz. Ele diz serem necessários investimentos pesados em infraestrutura, a exemplo da reestruturação da malha rodoviária, em péssimo estado mesmo em regiões de forte apelo para os viajantes. "Outro ponto essencial é a parceria com companhias aéreas", afirma. "Queremos trazer número maior de empresas de fora para o país, a fim de aumentar a quantidade de rotas e destinos e, consequentemente, baixar os preços." O desafio do novo ministro será, portanto, o de fazer multiplicar visitantes no Brasil, assim como fez com seus eleitores.

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