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Estado de Minas MINEIROS DE 2018

Mário Campos

Em 2018, ele conseguiu aprovar a RenovaBio, lei que garante a expansão sustentável do mercado de combustíveis renonáveis e limpos. Um marco para o setor sucroalcooleiro, cuja associação ele preside e que neste ano bateu recorde de produção de etanol


postado em 02/01/2019 15:03 / atualizado em 02/01/2019 17:09

Mário Campos, presidente da Siamig, já fez promessa ao governador Zema:
Mário Campos, presidente da Siamig, já fez promessa ao governador Zema: "Vamos voltar a ser o segundo maior produtor de cana na gestão dele" (foto: Samuel Gê/Encontro)
Ele tem apenas 36 anos e está em ambiente de empresários mais velhos e com muitos anos de experiência. Ganhou o respeito de todos com habilidade na gestão de pessoas, elaboração de estratégias, união entre os associados e ótimos resultados para o setor do açúcar e etanol no estado. À frente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos tem conseguido avanços expressivos para o segmento, que neste ano vai bater recorde na produção de etanol (3,1 bilhão de litros) e de bioeletricidade (quase 3 milhões de MWh, que em alguns meses chega a representar 15%  do consumo mensal de energia do estado).

O "garoto Mário", como é chamado por muitos associados, entrou na entidade como estagiário e é o mais novo a assumir a presidência. Ele integra também o grupo que criou o RenovaBio, nova lei que garante a expansão sustentável do mercado de combustíveis renováveis e limpos no país, regulamentada em março deste ano.

A Siamig tem sob seu guarda-chuva empresas que faturam juntas 10 bilhões de reais ao ano, geram 160 mil empregos diretos e indiretos e representam 20% do PIB do agronegócio do estado. Em 2018, Mário Campos também se tornou presidente do Conselho de Empresários do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), um dos conselhos mais atuantes na entidade. É a primeira vez que um representante do segmento do açúcar e etanol preside o grupo, e Mário é o mais novo dos 40 membros. "Unimos as questões industriais com as do agronegócio", afirma. "Essa visão conjunta é muito importante em qualquer tipo de discussão." No que se refere à legislação ambiental, Mário está em linha com o que pensa o presidente Jair Bolsonaro e o governador Romeu Zema. "Os processos precisam ser mais ágeis", diz. Segundo ele, a legislação restritiva levou muitas indústrias a se instalarem em outros estados.

Ele acredita que Minas só conseguiu ser um estado diferenciado no setor de açúcar e etanol em função da união das empresas, que estão dando um "show de produtividade". A média de produção de sacarose no Brasil é de 10 toneladas por hectare. Em Minas, vários produtores chegam a produzir 15 toneladas. O estado já foi o segundo maior produtor de cana do Brasil, atrás de São Paulo. Em 2010 perdeu o posto para Goiás – e não recuperou mais. Mário já fez uma promessa ao governador Zema: "Minas vai voltar a ser o segundo maior produtor de cana do Brasil nos próximos anos". E assim como fez o personagem do livro "O menino do dedo verde", ele quer transformar terras improdutivas em flores. Ou melhor, em açúcar.

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