A despeito das dificuldades de se pedalar por aqui, o número de bikes na cidade vem aumentando. Não há um dado oficial que contabilize as pessoas que se deslocam sobre bicicletas em BH, mas o contador digital instalado na avenida Bernardo Monteiro, no Funcionários, dá uma pista. Em 2018, o equipamento registrou 100 mil passagens de bicicletas, o que corresponde ao aumento de 15% em relação a 2017. No dia 25 de janeiro, quando a reportagem esteve no local, o contador já registrava mais de 7 mil viagens.

Enquanto isso, novos aplicativos de aluguel de bicicletas e de patinetes elétricos devem chegar à cidade. A Uber, empresa californiana que já atua por aqui com o serviço de transporte de passageiros, é uma das interessadas em trazer o seu Jump, sistema de compartilhamento de bikes elétricas. Além dela, outras empresas devem aproveitar o chamamento público feito pela BHTrans, em janeiro, abrindo de vez as portas da capital para esse tipo de serviço. Com mais empresas de aplicativo na cidade e uma fiscalização mais atenta por parte dos da polícia, espera-se que cenas de vandalismo como as vistas em janeiro, quando quatro bicicletas foram jogadas no ribeirão Arrudas, sejam cada vez mais raras.

O vereador Gabriel Azevedo (PHS) já passou por alguns sustos também. O parlamentar não se desgruda da sua bicicleta elétrica, sobre a qual se desloca, diariamente, do centro, onde mora, até a Câmara Municipal, no Santa Efigênia. O grande desafio para quem usa bicicleta em BH, seja como meio de transporte seja para lazer, é o enorme preconceito contra os ciclistas", diz. Ele critica ainda a prefeitura por não colocar em prática mais ações em prol das magrelas. "No mundo inteiro os gestores incentivam o uso de bicicletas, por ser um transporte sustentável, mas em nossa cidade isso não ocorre", afirma. Que a chegada de mais bikes possa fazer com que a administração municipal comece a mudar esse cenário.
Dicas simples para que o pedal não se transforme em dor de cabeça
- Use capacete
- Verifique os freios antes de sair
- Não use fone de ouvido
- Não pedale na contramão ou em calçadas
- Sinalize com os braços as conversões ou mudanças de faixa
- Respeite o sinal vermelho
- Mantenha distância segura dos veículos
Como funcionam os apps
Yellow
- Desde quando: 2019
- Onde encontrar: Centro, Savassi, Santa Efigênia, Santo Agostinho, Lourdes, Funcionários, Carmo, Cruzeiro, Anchieta e Sion (sem estações fixas)
- Quanto custa: Bike (R$ 1 a cada 10 minutos); Patinete (R$ 3, o desbloqueio + R$ 0,50 a cada minuto). O pagamento é feito via cartão de crédito, mas é possível comprar créditos em dinheiro em estabelecimentos comerciais
Bike BH (Itaú)
- Desde quando: 2014
- Onde encontrar: região Centro-Sul e Pampulha (estações fixas)
- Quanto custa: R$ 3 (passe diário); R$ 9 (passe mensal); R$ 60 (passe anual). Viagens de até 60 minutos, de segunda a sábado, e de até 90 minutos aos domingos e feriados, sem cobrança adicional. O intervalo entre as viagens deve ser de pelo menos 15 minutos. Pagamento somente via cartão de crédito