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Estado de Minas VIAGEM

Contratar fotógrafo profissional em viagens está na moda

Especialmente em destinos no exterior, a ideia é deixar a experiência registrada com qualidade e emoção


postado em 07/06/2019 11:11 / atualizado em 10/06/2019 16:27

A química e estudante Naiara Pereira Botezine e o noivo Pedro Henrique Stroppa, em sessão de fotos em Paris:
A química e estudante Naiara Pereira Botezine e o noivo Pedro Henrique Stroppa, em sessão de fotos em Paris: "O olhar da fotógrafa, o timing que ela tem, a capacidade de capturar nossas expressões e até sentimentos, isso é intrínseco do profissional", diz Naiara (foto: Mirelle Matias)
 Conhecer a cidade dos sonhos ou revisitar aquele lugar que mora no nosso coração traz um quentinho para a alma. Viajar a passeio é uma experiência que merece ficar guardada na memória. E, por que não, em um belo álbum de fotos. Mineiros têm investido em contratar sessões de fotos profissionais em viagens, fazendo uma espécie de “book” naquele lugar lindo e icônico que merece um registro mais permanente.

A dentista Paloma Marques Camargo, de 32 anos, aproveitou uma viagem já marcada para Nova York, em outubro passado, para fazer fotos de grávida por lá. Ela descobriu a gravidez depois que já tinha agendado o passeio e decidiu unir o útil ao agradável. “Na data, eu já estaria com quase sete meses de gestação. Então decidimos fazer as fotos da gravidez em NY mesmo e aproveitar a estação. 

Estava frio, acho superelegante”, diz. Ela conta que olhou tudo no Brasil, antes da viagem, e o casal já chegou lá com as fotos agendadas. A ideia da locação, o Central Park, foi do marido, Rafhael Camargo, que era quem estava mais animado com o registro da gravidez do pequeno Joaquim, hoje com sete meses. “Nosso contrato especificava hora de fotos, mas ficamos uma meia hora a mais. O fotógrafo, brasileiro, conversou conosco sobre tudo e nos deixou super à vontade. Andamos muito pelo parque e tiramos fotos em pontos já conhecidos pela beleza”, conta Paloma, que pretende fazer sessões parecidas para as futuras gestações. 
A médica Natércia Freitas de Garcia Klingl já fez sessões de fotos em viagens a três cidades, entre elas, Veneza:
A médica Natércia Freitas de Garcia Klingl já fez sessões de fotos em viagens a três cidades, entre elas, Veneza: "Fotógrafos profissionais estão plenamente comprometidos com a sessão e nos liberam de ficar pedindo toda hora para que alguém bata uma foto" (foto: Ana Laura Carciofi)
 
A médica Natércia Freitas de Garcia Klingl, de 51 anos, que divide seu tempo entre Belo Horizonte e Berlim, já fez sessões de fotos em viagens a três cidades (Paris, Veneza e Dresden), sendo algumas em família, outras sozinha. Ela diz que recorre a profissionais sempre que possível. “Eles conhecem os lugares, a luminosidade, os ângulos, fatores que refletem na qualidade da foto. Além disso, estão plenamente comprometidos com a sessão”, explica. “E nos liberam de ficar pedindo toda hora para que alguém bata uma foto.” Em Veneza, no início deste ano, ela contratou a fotógrafa Ana Laura Carciofi (@fotografabrasileiraemveneza) e posou em diferentes locações. Trocou de roupa algumas vezes para aproveitar melhor cada lugar. Já experiente, dá a dica: “A duração de cada sessão é relativa, depende da disponibilidade do fotógrafo, do tempo, da luminosidade, por isso é conveniente que todos os envolvidos tenham flexibilidade”. 

A mineira Mirelle Matias (@fotosemparis), que é fotógrafa em Paris há dois anos, está com a agenda cheia. Segundo ela, quase todos os seus clientes são brasileiros, e na alta temporada (que lá é de março a julho), tem de 25 a 30 ensaios por mês, e cerca de 20 por mês no resto do ano. Entre os pedidos dos viajantes estão fotos em família, em casal e até pedidos surpresa de casamento – devidamente registrados, claro. “Acho que as pessoas têm vontade de levar fotos para casa porque brasileiro valoriza muito esse tipo de lembrança. Eu tenho clientes ricos e mais humildes, gente que juntou dinheiro por anos para conseguir vir a Paris e por isso mesmo faz questão de voltar para casa com registros profissionais”, conta. Uma hora de fotos custa em torno de 200 dólares nos Estados Unidos e 200 euros na Europa. 
A dentista Paloma Marques Camargo e o marido Rafhael Camargo aproveitaram uma viagem já marcada para Nova York para fazer fotos de gestação:
A dentista Paloma Marques Camargo e o marido Rafhael Camargo aproveitaram uma viagem já marcada para Nova York para fazer fotos de gestação: "Eu estaria com quase sete meses de gestação. Então decidimos fazer as fotos da gravidez em NY mesmo", diz Paloma (foto: Rodolfo/Fotos na Mala)
 
As redes sociais também podem ter tido papel nessa tendência de busca por fotos profissionais. A procura tem sido tanta que a fotógrafa belo-horizontina Martha Sachser de Souza, que mora há 12 anos nos Estados Unidos, criou em 2017 a Fotos na Mala (@fotosnamala), plataforma que une 130 fotógrafos brasileiros em várias partes do mundo com potenciais clientes e onde as sessões podem ser contratadas. “Compartilhar fotos bacanas e nossos melhores momentos é um hábito comum atualmente e, com um fotógrafo, tudo ficou mais fácil. Fora isso, tem toda a questão do registro pessoal da recordação, em ter fotos que reflitam quão especial aquele momento é e, claro, com todos os integrantes da viagem nas fotos”, diz.  

A química e estudante Naiara Pereira Botezine, de 28 anos, quis fazer em Paris um ensaio de casamento com seu noivo, Pedro Henrique Stroppa. Eles iriam se casar em 2017 morar juntos na Escócia, onde ele faz doutorado. Como não foi necessário se casarem para a mudança, desistiram de fazer as fotos em trajes de casamento. Mas não desistiram das fotos em si. “Analisando o quão bem me sinto na França, vejo a importância dessas fotos para as minhas lembranças. Já que a gente não consegue guardar tudo na memória, ter essas recordações impressas dá um acalanto ao coração todas as vezes que as revejo”, diz. “É claro que eu ou o Pedro poderíamos fazer, mas nunca seria a mesma coisa. O olhar da fotógrafa, o timing que ela tem, a capacidade de capturar nossas expressões e até sentimentos, isso é intrínseco do profissional. Aliás, eu saí do ensaio chorando, emocionada mesmo, a conexão foi muito gostosa”, afirma. 

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