
Cada vez mais, movimentos são criados para fomentar a indústria fonográfica de forma indiscriminada. Em março deste ano, o Festival Psicodália, realizado em Santa Catarina, trouxe uma vivência multicultural independente, em uma celebração à arte e à diversidade. Com o objetivo de prestigiar bandas autorais, o evento promove um ponto de encontro de bandas de rock de todo o país, com forte presença feminina. O Ramona esteve lá. "Foi uma realização participar de algo tão democrático", diz Andrea.

Recém-chegada de uma turnê no Nordeste, para divulgação do EP Special Fiend, a cantora e compositora Poliana Marques lançou carreira solo no início de 2018. Desde então, passou a ser conhecida como Polly Terror, a garota que explora sons sombrios e experimentais. Atuante em defesa da valorização da mulher na arte, periodicamente produz o evento Chá das Mina, que reúne várias artistas mineiras. "Essa aproximação é muito enriquecedora. Ainda mais diante do machismo que enfrentamos diariamente", diz. A cantora Nina Guimarães, da banda Radium Club Rock, compartilha da mesma opinião mas, apesar do preconceito, não se deixa abater. "Somos tão competentes quanto nossos colegas músicos", diz. Criada em 2001, a Radium faz releitura de músicas de sucesso e é composta por mais três homens que não se sentem menores por ter à frente a voz potente de uma mulher.