A boa notícia é que não é preciso trocar o restaurante para aderir a movimentos do tipo. É cada vez maior o número de restaurantes belo-horizontinos que abrem espaço nos seus cardápios para pratos vegetarianos e veganos. "Queremos ser um ambiente com várias cozinhas, para agradar todo mundo", diz Ailton Nascimento, sócio-diretor do Patuscada, no Funcionários. O restaurante foi inaugurado em 2002, mas o seu cardápio está em constante evolução. Hoje, ele possui mais de 15 receitas vegetarianas e veganas, além de uma linha de vinhos sem produtos de origem animal.

Já no Vecchio Sogno, no Santo Agostinho, todas as massas da casa podem ser servidas sem carne. "O nosso maître altera e combina facilmente as nossas receitas, ao gosto do cliente", conta o chef Ivo Faria, que planta os brotos e ervas usados no restaurante. Em 2017, ele foi escolhido para fazer as refeições do vegetariano Paul McCartney, quando o ex-beatle esteve em BH. "Foi uma das coisas mais maravilhosas que fiz na minha vida", lembra. Um dos destaques do cardápio é a polenta piemontese (R$ 57), trufada ao forno com ovo e molho três funghis. Já para os veganos, a casa faz um ravióli de pupunha (R$ 64), que vem acompanhado de cenoura baroa, castanha-do-pará, molho de vinho do Porto e aspargos. E não é só no Vecchio que a pupunha faz sucesso. No restaurante A Favorita, o chef Saulo Fernandes usa o ingrediente para fazer um risoto especial, que vem acompanhado de alho-poró crocante e queijo grana padano. O prato custa R$ 69. "Além do risoto, os clientes que não querem comer carne geralmente pedem o tortelli de queijo brie com figos (R$ 72) ou o ravióli de muçarela de búfala (R$ 69)", diz Saulo.