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Estado de Minas TENDÊNCIA

Seis brunchs para provar em BH

Mistura de café da manhã com almoço, esse tipo de refeição atrai quem acorda um pouco mais tarde aos sábados e domingos


postado em 16/08/2019 15:47 / atualizado em 23/08/2019 15:51

(foto: Astoria/Divulgação, Café Magrí/Divulgação e Guaja/Divulgação)
(foto: Astoria/Divulgação, Café Magrí/Divulgação e Guaja/Divulgação)
Ficar na cama até cansar. Acordar sem pressa e sem despertador. Nos fins de semana, nada melhor do que não ter hora para nada. É aí que entra em cena o brunch, aquele café da manhã mais prolongado que vem se espalhando por Belo Horizonte. O termo foi criado no final do século XIX pelo britânico Guy Beringer, que propôs uma fusão entre o breakfast (café da manhã) e o lunch (almoço). Essa nova refeição seria servida mais tarde, aos domingos, para ajudar quem esteve na farra na noite anterior. "Você levanta quando o mundo está quente, ou pelo menos, quando não está tão frio", escreveu Guy em seu artigo Brunch: a plea (Brunch: um apelo, em tradução livre), publicado em 1895.

A origem boêmia da refeição ajudou a definir seu cardápio. Os pratos geralmente são fartos e variados. Rabanada, torradas, panquecas, waffles e ovos com bacon não podem faltar à mesa. Normalmente, o brunch é acompanhado por um coquetel - inicialmente para ajudar a rebater a ressaca, causada pelos exageros de uma boa noitada. O drinque mais famoso é a mimosa, feito à base de espumante e suco de laranja. Mas nem só de fartura vive um brunch. O ingrediente principal para que ele seja apreciado corretamente pode ser encontrado nas cadeiras em volta da mesa. "Não é uma simples refeição. É um encontro de amigos, que combinam de sair mais cedo para tomar um café ou um drinque juntos", conta Anderson Madeira, proprietário do Astoria.

A seguir, seis dicas de lugares com bons brunches em Belo Horizonte. E o melhor: não precisa ser baladeiro para aproveitar.

Astoria

(foto: Asstoria/Divulgação)
(foto: Asstoria/Divulgação)
Quem procura por uma experiência mais tradicional certamente se dará bem no Astoria Bar. "Nossos pratos, decoração e ambiente, tudo foi pensado tendo Nova York como referência", conta o proprietário Anderson Madeira. O brunch da casa, acompanhado pelas notas dos instrumentos de jazz que tomam conta do lugar, tem todos os pratos preferidos dos moradores da Big Apple: waffles, mac'n'cheese, panquecas, frittata. Mas, dentro da cozinha, as receitas do Tio Sam se misturam com a criatividade brasileira. Os ovos benedict (R$ 26) são feitos do jeito clássico, com fatias de bacon e molho holandês, mas o ovo cozido possui um toque especial: é empanado e frito por alguns segundos, criando uma casquinha crocante do lado de fora. Para acompanhar, você pode pedir quantas mimosas quiser por R$ 39.

Rua Leopoldina, 85, Santo Antônio%u2028
Horário do brunch: domingos, das 10h às 15h

Café Magrí

(foto: Café Magrí/Divulgação)
(foto: Café Magrí/Divulgação)
Os vasos de plantas na parede do Café Magrí garantem frescor ao ambiente, mas frescos mesmo são os ingredientes usados na cozinha. A casa muda constantemente o cardápio do seu brunch, priorizando sempre o que encontra de novo em cada estação. Os ovos vêm diretamente da região de Moema, no interior de Minas, do sítio do senhor Geraldo. "É de lá que também trazemos nosso leite: cru e direto da vaca. Aqui não tem leite de caixinha!", conta Marília Balzani, dona e barista do Magrí. O brunch é servido em combos que vêm com uma bebida incluída. Se estiver com dúvida na hora de escolher o acompanhamento, o capuccino italiano - feito com o tal leite - é uma excelente pedida. Mas, mesmo com as novidades da estação renovando o cardápio, o queridinho da casa é ainda o combo clássico (R$ 32), que vem com ovos mexidos, bacon, torrada e fonduta de queijo parmesão.

Rua Alvarenga Peixoto, 595, Lourdes
Horário do brunch: sábado e domingo, das 10h às 14h

Copa Cozinha

(foto: Copa Cozinha/Divulgação)
(foto: Copa Cozinha/Divulgação)
Na arquitetura, a cozinha e a copa são lugares onde as refeições são preparadas e servidas. Três mineiras - as irmãs Cristina e Júlia Queiroz, mais a amiga Maíra Sette - resolveram levar esse conceito ao pé da letra no Mercado Novo, com a criação da Copa Cozinha. Lá, as delícias da casa são preparadas no mesmo ambiente em que os clientes são atendidos, com os quitutes indo diretamente do forno para a mesa. A produção, no entanto, começa bem antes de o café sequer ser coado. A quarta-feira é o dia de abastecer as estantes para a correria do final de semana. Na sexta, a doceria abre suas portas das 13h às 17h, para começar o preparo dos doces e geleias. Depois, volta a funcionar no final de semana com sua "mesa posta". Por R$ 40, o cliente come o que quiser e ainda tem a experiência de tomar um café digno de "casa de vó": as travessas de bolos e biscoitos são passadas de mão em mão. "Tem gente que vem sozinha e acaba fazendo várias amizades", conta Cristina.

Avenida Olegário Maciel, 742, Centro
Horário do brunch: sábado e domingo, das 9h às 13h

Doce que Seja Doce

(foto: Uarlen Valério/Encontro)
(foto: Uarlen Valério/Encontro)
O "cafezão" da Doce que Seja Doce é mais uma boa opção para quem não tem limite na hora de curtir um brunch. "Comecei a servir em 2018. Inicialmente, tentei durante a semana, mas não deu muito certo Hoje, não consigo ver o final de semana sem ele'", diz a doceira Luana Drumond.

Por R$ 39, o cliente pode aproveitar o bufê da casa pelo tempo que desejar, sem pressa para ir embora. O cardápio muda de acordo com o mês, sempre abrindo espaço para atrações temáticas como receitas de Dia das Mães ou das férias escolares. Mas os pratos mais amados pelos clientes - bolo de cenoura com chocolate, cookies, ovos mexidos, torradas e pães de queijo - não ficam de fora de um "cafezão" sequer. Segundo Luana, "a ideia é não pensar nas calorias para curtir ao máximo a experiência".

Rua Antônio de Albuquerque, 304, Savassi
Horário do brunch: sábado e domingo, 9h às 15h

Guaja

(foto: Thobias Almeida/Divulgação)
(foto: Thobias Almeida/Divulgação)
Assim como no Astoria, o cardápio do Guaja também é inspirado nas receitas mais clássicas de Nova York. O prato mais famoso da casa é o Brooklyn (R$ 27): panquecas servidas com calda de mirtilo, bacon e maple syrup, o famoso xarope de bordo importado do Canadá. Quem gosta de ir com os amigos pode aproveitar a companhia para dividir uma jarra de Clericot (R$ 67), drinque feito com vinho branco, refrigerante cítrico, curaçau e - para completar - frutas da estação. O brunch de lá rola desde 2017. "A memória afetiva que o mineiro tem com o café da manhã foi o que ajudou a atrair o público", diz Lucas Durães, um dos sócios da casa.

Avenida Afonso Pena, 2.881, Funcionários
Horário do brunch: sábado, das 10h às 14h

Uluru Café & Brunch

(foto: Victor Schwaner/Divulgação)
(foto: Victor Schwaner/Divulgação)
Todo dia é dia de brunch no Uluru. Novidade em BH, a casa serve o seu cardápio repleto de delícias durante a semana, mostrando que não tem hora errada para curtir uma refeição dessas. "É um conceito que trouxemos da Austrália, onde os cafés servem café da manhã o dia inteiro (breakfast all day)", conta André Carvalho, que abriu a cafeteria junto com a mulher, Luiza Pimentel. Mais belas e elegantes do que o casarão alemão que serve de casa para o Uluru, só as delícias que saem da cozinha. Você pode começar o seu brunch em grande estilo com um waffle de pão de queijo (R$ 8). Em seguida é a hora dos eggs benny (R$ 25) - variação australiana do clássico ovos benedict - feito com duas toasts de pão rústico, dois ovos poché, creme de avocado, rúcula e molho holandês. Os ovos usados nas receitas da casa são caipiras e orgânicos, comprados de um sítio em Igarapé (MG). Caso você esteja procurando por algo mais leve, a casa também conta com várias opções de bowls e sanduíches saudáveis.

Avenida Afonso Pena, 2.925, Funcionários%u2028
Horário do brunch: de terça a sexta, das 10h às 18h30; sábado e domingo, das 9h30 às 15h30

*Leia também na edição impressa (nº 218) da Encontro

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