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O retorno prevê riscos medidos e novos costumes expressos em uma série de protocolos para a reabertura por etapas dos espaços. A higienização, que já é a marca de muitos clubes, será potencializada. O uso obrigatório de máscaras e o distanciamento social obrigatório, além de limite no número de frequentadores, fazem parte do protocolo. A Federação dos Clubes do Estado de Minas (Fecemg) apresentou à prefeitura proposta para a reabertura com segurança, mas cada clube também desenvolveu uma série de medidas e convive com a expectativa de conseguir superar a queda na receita que os atingiu fortemente. Durante a pandemia os funcionários tiveram suspenso o contrato de trabalho e os associados receberam descontos variando de 10% a 25% no valor das mensalidades. Os três clubes ouvidos por Encontro (Minas, PIC e Olympico) disseram que estudam fazer uma espécie de inscrição pela internet, para garantir que nem todo mundo resolva colocar a sunga ou o biquíni e apareça nas sedes ao mesmo tempo.

A expectativa dos clubes era de que um início de retorno pudesse ocorrer a partir de julho, o que não se confirmou em Belo Horizonte. "Percebemos que a pandemia é algo que ninguém domina e os protocolos mudam de acordo com a gravidade da situação. Por isso é difícil prever datas", diz Ricardo. "Mas de qualquer maneira pedimos aos órgãos públicos que nos confirmem a reabertura 10 dias antes para prepararmos o retorno." No Minas, 70% dos funcionários estão com contratos suspensos e todos serão testados para a Covid-19 antes da volta ao trabalho. Toda a equipe passará por treinamento para reaprender a rotina, seguindo regras, protocolos e o uso reforçado de equipamentos de proteção. "Precisamos garantir a segurança da equipe." A limpeza será potencializada, a frequência de vestiários limitada e as catracas desligadas. Álcool em gel estará disponível por todo clube, além de coletores específicos para o descarte de máscaras. Haverá ainda distanciamento entre o mobiliário, tapetes sanitizantes e medição de temperatura. "Não podemos impedir a entrada da população de risco, mas faremos uma recomendação aos maiores de 60 anos e menores de 12", afirma Ricardo.

Localizado no bairro Serra, o Olympico também aposta no controle de frequência e distanciamento. Entre as medidas a serem implantadas, o presidente Walney José Almeida diz que a medição de temperatura será obrigatória com equipe de funcionários treinados para o procedimento. Seguindo o ritmo da cidade, a venda de produtos como bebidas alcoólicas também não vai acontecer por enquanto. "Com todas as ações possíveis para controle de aglomerações, o clube está pronto para acompanhar o fluxo de reabertura de BH", afirma. O Olympico tem cerca de 500 atletas de alto rendimento e acredita que o retorno às atividades pode evitar que muitos talentos desistam do esporte. No novo normal, segurança e responsabilidade se tornam um compromisso de todos. Novo mundo, novos hábitos.