

O consumidor já vinha demonstrando que pedir uma refeição em casa ou no trabalho faz parte da vida moderna. E não é só por uma questão de não ter talento ou mesmo pura preguiça de enfrentar a cozinha. É uma prática que vem crescendo ano após ano e que acabou ganhando um fôlego extra durante a pandemia. Segundo o Instituto Foodservice Brasil (IFB), o delivery triplicou durante os meses em que os restaurantes se viram sem poder receber os clientes no salão - de 9% para 32%. "Os pedidos, que aconteciam normalmente no período noturno e finais de semana, passaram a ser feitos todos os dias e em vários momentos, já que as famílias estavam em casa, principalmente as crianças", diz Ingrid Devisate, diretora executiva do IFB. "Então o delivery passou a ser não só um momento de lazer, mas também de conveniência."


Nem só de arroz e feijão se vive durante a pandemia. Na contramão, a Rappi - conhecida por entregar não só comida, mas "qualquer coisa", de documentos a compras de supermercado - lançou a categoria Chefs, focada em alta gastronomia. Em Belo Horizonte, o serviço funciona em 25 estabelecimentos parceiros como Udon, D’Artagnan, Eva Cucina Originale e Caê. "Queremos mostrar que os restaurantes se adaptaram e agora também oferecem seus estrelados menus com segurança", afirma Sergio Saraiva, presidente do Rappi Brasil. Ou seja, é possível comer seu prato favorito sem nem precisar tirar o pijama, algo impensável há alguns anos. Diretor de estratégia da Rappi Brasil, Fernando Vilela diz que o consumidor também precisou mudar sua forma de se relacionar com o delivery. Se por muitos anos pedir comida se traduzia em encomendar pizza ou sanduíche, isso mudou. Redondas e burguers ainda continuam no topo da lista de preferência, mas o leque de opções cresceu (veja no quadro lista das especialidades mais pedidas em BH). Muitos restaurantes aderiram ao delivery exatamente pelo fato de encontrarem uma empresa que faça esse meio de campo com os consumidores. "Os aplicativos facilitam muito, porque assim consigo focar no meu negócio que é servir comida boa", resume Pedro Henrique Guimarães, sócio-administrador do italiano Un’Altra Volta.



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Dicas para uma entrega sem coronavírus
- Se possível, peça ao entregador para deixar o pacote em algum local e se afastar, ou mantenha distância de, ao menos, 1 metro. Sempre, claro, de máscara
- Evite dinheiro vivo. Opte por pagamento por aplicativo ou utilize cartões de crédito ou débito
- Depois de lavar as mãos ou limpá-las com álcool em gel, limpe as embalagens com álcool. Se possível, transfira a comida para um recipiente limpo e descarte as embalagens que vieram da rua
- Depois de mexer nas embalagens, lave as mãos novamente e desinfete a superfície em que elas tocaram
Conheça os nossos critérios de avaliação do delivery
- Foram avaliados 56 estabelecimentos de BH, nas categorias pizza, sanduíches, carnes, comida japonesa, comida italiana, comida mineira, cozinha variada, comida árabe, peixes e frutos do mar e cozinha internacional. O teste foi realizado entre os dias 21 e 30 de agosto
- Os pedidos foram feitos em horários de pico, tanto no almoço, quanto à noite
- A avaliação considerou os seguintes quesitos: tempo de entrega (se foi cumprido o tempo prometido); como chegou (temperatura, organização do pedido ao chegar, embalagem lacrada, pedido correto; e qualidade da comida)
- No quesito tempo, as entregas feitas até 15 minutos antes ou 5 minutos depois do prazo prometido ganharam 5 estrelas. Entregas feitas depois do tempo prometido perderam uma estrela a cada 5 minutos. Aquelas feitas antes do tempo prometido perderam 1 estrela a cada 15 minutos
- A nota máxima de cada uma das categorias é 5, representada por estrelas
- O teste não tem validade científica
As categorias de comida mais pedidas em BH durante a pandemia
- Burguers
- Pizza
- Grelhados
- Brasileira
- Japonesa
- Açaí
- Sanduíches
- Italiana
- Sobremesa
- Padaria