Publicidade

Estado de Minas GASTRONOMIA

10 pratos para relembrar na volta dos bares à noite de BH

Selecionamos as estrelas do cardápio de grandes estabelecimentos da capital mineira que voltam à cena com a flexibilização do isolamento social


postado em 06/11/2020 00:34 / atualizado em 06/11/2020 00:37

(foto: Freepik)
(foto: Freepik)
Mesa cheia, cadeira de madeira, cerveja gelada e uma série de copos que, por algum motivo desconhecido, se recusam a permanecer cheios por muito tempo. Entre petiscos e risadas, as horas passam de maneira quase imperceptível, enquanto amigos, parentes e casais apreciam a companhia uns dos outros. Assim eram as noites em Belo Horizonte. Com uma média de 28 bares por quilômetro quadrado, de acordo com um levantamento feito pela prefeitura em 2017, não era difícil achar um lugar para provar um tira gosto e passar a tarde conversando na "Capital dos Botecos". A chegada da pandemia do novo coronavírus, porém, transformou Belo Horizonte por meses. Parques, bares, restaurantes, lojas e todos os outros tipos de estabelecimentos não-essenciais tiveram de redefinir suas estratégias de venda, sem poder contar com a presença dos clientes nos balcões, corredores ou mesas. Com menos dinheiro entrando no caixa e dívidas se acumulando, várias casas fecharam as portas. De repente, a cidade que pulsava a noite se viu indo para a cama mais cedo.

Mas toda noite tem o seu fim. Ainda bem! No dia 4 de setembro, a prefeitura de Belo Horizonte liberou a reabertura dos bares e restaurantes. Gradualmente, mesas e balcões foram sendo ocupadas pelos clientes, que voltavam aos seus estabelecimentos preferidos à medida que a sensação de segurança para sair aumentava. Capacidade reduzida, distanciamento entre os clientes, reservas por telefone, horários limitados, cardápios digitais, totens de álcool em gel e máscaras ajudam a transformar os botecos novamente em lugares ideias para apreciar bons petiscos e boas companhias. Por isso, separamos uma lista com 10 pratos de grandes bares de Belo Horizonte, indo desde os mais tradicionais até as últimas novidades da gastronomia. Só não vale aglomerar, viu?

Agosto Butiquim (Rua Esmeralda, 298 - Prado)

(foto: Divulgação)
(foto: Divulgação)
Um bom petisco para um boteco é aquele que agrada a todos na mesa, sem discussão. E no Poesia Mineira, feito com polenta frita, torresmo de barriga e quiabo na manteiga, todos são bem vindos. "É um dos nossos clássicos", conta Lucas Brandão, proprietário do Agosto Butiquim. O segredo está na seleção e no preparo dos ingredientes principais. Para chegar sequinha e crocante na mesa do cliente, a polenta da casa passa por um processo anterior de preparo e congelamento. Já o torresmo é outra história. "Nós selecionamos os pedaços que tenham mais carne e não pele. Depois, a barriga de porco fica marinando no nosso tempero por algumas horas", diz Lucas.

Preço: R$ 44,90 - serve até três pessoas

Amarelim da Prudente (Avenida Prudente de Morais, 920 - Santo Antônio)

(foto: Divulgação)
(foto: Divulgação)
Poucas coisas deram tanta saudade durante a pandemia quanto o bom e velho churrasco. Quem mora em apartamento até tentou imitar a experiência com uma churrasqueira elétrica, mas o resultado está longe de ser o mesmo. Por isso, não é coincidência que um dos pratos mais pedidos no Amarelim da Prudente nessa retomada é o Brochete, feito com uma generosa porção de baby beef que vai para a brasa junto de um pedaço de bacon. "Isso faz com que a carne, que já é muito macia, fique com um gosto diferenciado", conta o proprietário Ronaldo Bahia. "É um dos nossos pratos mais tradicionais. Está conosco desde a abertura, há 21 anos." O Brochete vai para a mesa do cliente acompanhado por uma porção de mandioca cozida na manteiga de garrafa e cebola assada. "Nós também temos um combo com arroz, tropeiro e batata frita para quem quiser transformar o petisco em um bom almoço".

Preço: R$ 58,90 - serve 2 pessoas

Bazin Bar (Rua Ministro Orozimbo Nonato, 1053 - Dona Clara)

(foto: Samuel Gê/Encontro)
(foto: Samuel Gê/Encontro)
A pandemia adiou grande parte dos eventos esportivos, mas nas mesas do Bazin Bar, o verde e amarelo da seleção brasileira colore a noite. Criado para a edição de 2014 do Botecar, o Canarinho despontou na reabertura da casa como um dos pratos queridinhos dos clientes. E assim como no futebol, o segredo para um bom jogo está no treino e no uso das peças certas. "A costelinha precisa ficar no tempero de um dia para o outro", conta a chef Bethânia França. "Depois, é hora de selar, cozinhar, desossar a carne, empanar com farinha crocante e preparar o dadinho". O prato é servido junto com uma polenta temperada com bacon e parmesão e é acompanhado por um molho verde com especiarias, dando o contraste das cores.

Preço: R$ 34,90 - serve até três pessoas

Bar do Zezé (Rua Pinheiro Chagas, 406 - Barreiro)

(foto: Divulgação)
(foto: Divulgação)
O que é bom nunca sai de moda, diz o ditado. Sensação na casa desde 2005, os bolinhos de milho verde do Bar do Zezé são o carro chefe da casa. "Antes, saiam em média 600 bolinhos por semana. Agora o movimento está voltando, pouco a pouco", conta Vitor Martins. Comandante da cozinha da casa, o chef também é o responsável por uma leve alteração na receita transmitida de pai para filho. "Além do tradicional recheio de bacalhau, decidimos dar um acréscimo nobre no prato, com uma geleia de morango." Mas também tem certas coisas que nunca mudam. A massa é feita diariamente no Bar do Zezé, sempre com milho fresco.

Preço: R$ 32,00 - 12 unidades

Bar do Kxote (Rua José Faleiro, nº 219 - Santa Helena, Barreiro)

(foto: Divulgação)
(foto: Divulgação)
A cozinha do bar campeão do Festival Botecar 2019 voltou às atividades a todo vapor. Mas apesar do clima amistoso do bar, o prato que está fazendo mais sucesso entre os clientes também é um catalisador de polêmicas. "As pessoas me chamam na mesa para perguntar se a receita é realmente feita com carne de porco, e não de peixe", conta Luiz Antônio, o Kxote. "Por isso, o nome de Engana Mineiro." Para conseguir imitar a textura que derrete na boca, Luiz usa uma faca bem afiada para cortar pedaços bem finos do toucinho, que já foi temperado previamente com muito limão, sal e alguns condimentos que Kxote revela de jeito nenhum. Em seguida, os chips de carne são empanados com farinha de trigo e fritos no óleo. O prato chega na mesa acompanhado por uma generosa porção de mandioquinha frita.

Preço: R$ 37,90 - serve até três pessoas

Bitaca Capetinga (Rua Francisco Deslandes, 104 e 529, Anchieta / Rua Major Lopes, 623 - São Pedro)

(foto: Divulgação)
(foto: Divulgação)
Antes da pandemia, o Bitaca era um dos melhores bares de BH para sentar com os amigos, pedir alguns petiscos e jogar conversa fora durante horas. Mas a impossibilidade de receber clientes e, posteriormente, o horário reduzido de funcionamento forçou a cozinha da casa a reavaliar o cardápio. "Decidimos então reativar as opções de almoço, com pratos executivos", conta Felipe Faleiros, sócio proprietário da Bitaca. "Tivemos um retorno ótimo com o  delivery, que ajudou a manter o bar funcionando e a segurar os nossos funcionários". Entre as opções mais pedidas pelos clientes está o baião de dois, feito com feijão fradinho, calabresa, bacon e acompanhado de banana da terra frita, queijo minas feito na chapa e bife acebolado.

Preço: R$ 30,00

Bar Estabelecimento (Rua Monte Alegre, 160 - Serra)

(foto: Divulgação)
(foto: Divulgação)
Dentro das casas, o bolinho de arroz é um jeito inteligente de aproveitar a sobra do produto. Mas na cozinha do Bar Estabelecimento, a receita é alçada a outro patamar. "Teve muita gente que fez encomenda para dar de presente a namorados ou parentes", conta o proprietário Olívio Cardoso. Recheados com jiló ou taioba, as porções são preparadas diariamente e em grandes quantidades. O prato vai para a mesa do cliente acompanhado de queijo canastra ralado, cheiro verde e pimenta da casa. "Nós também vendemos eles congelados, para quem preferir fritar em casa", diz Olívio.

Preço: R$ 32,00 - oito unidades

Geraldin da Cida (Rua Contria, 1459 - Grajaú)

(foto: Violeta Andrada/Encontro)
(foto: Violeta Andrada/Encontro)
Dizem que a pressa é inimiga da perfeição. Na cozinha de Consolação Aparecida, a Cida, o ditado se mostra verdadeiro. Foram mais de oito meses de estudo até chegar na receita final do Zumbi dos Palmares, prato que terminou a votação do Festival Botecar de 2019 na terceira posição. E dentro da panela, o verbete popular se repete. "Para fazer o lombo suado, eu vou dourando a carne bem aos pouquinhos, pingando um pouco de água no fundo da panela", conta Cida. O prato chega à mesa dos clientes acompanhado por uma generosa porção de farofa de bacon, amendoim e coco, molho de gengibre com rapadura e chips de inhame.

Preço: R$ 45,90 - serve até três pessoas

Nonô - O Rei do Caldo de Mocotó (Avenida Amazonas, 840 - Centro)

(foto: Divulgação)
(foto: Divulgação)
Foram tempos estranhos no Nonô. Acostumado a ficar aberto 24 horas de segunda a sábado, a pandemia forçou um dos bares mais tradicionais do centro de Belo Horizonte a fechar o seu balcão, atendendo somente por delivery ou para retirada na porta. Por medida de segurança, o bar ainda não pode ficar cheio e alegre como antes. Mas a receita continua a mesma há mais de 50 anos. "O mocotó é um produto difícil de trabalhar, se não fizer certo, fica gorduroso", conta Dênio Correia, um dos sócios do bar. "Por isso, a gente tem todo o cuidado com a receita criada pelo meu avô." Entre a limpeza do mocotó e a caneca do cliente no balcão está um processo de sete horas de cozimento, fritura e muitos segredos guardados a sete chaves. Na versão completa, o prato vai acompanhado de muita cebolinha e dois ovos de codorna, que cozinham no caldo extremamente quente.

Preço: R$ 11,00

Santo Boteco (Rua Viçosa, 448 - São Pedro)

(foto: Divulgação)
(foto: Divulgação)
O bar é conhecido pelos clientes como um local que abraça as novidades, apostando em um cardápio que valoriza o frescor dos ingredientes de cada época do ano. E em matéria de petiscos, ou finger foods, o Santo Boteco faz bonito, com uma boa variedade de recheios diferentes para bolinhos e pastéis. Até mesmo o infame pastel de vento ganha um contorno nobre, servido junto com vinagrete de polvo. Mas um dos petiscos que mais chamam atenção é o bolinho de feijoada, feito com o feijão preto que sobra da receita da casa. "É feijoada mesmo!", garante Aline Soares, proprietária do Santo Boteco. "Nós não produzimos um feijão defumado para fazer a massa". O recheio do bolinho também é fiel à pegada tradicional da receita, usando carnes repicadas da panela de feijoada, um toque a mais de bacon e couve refogada.

Preço: R$ 32,00 - 12 unidades

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade