De olho no modo de vida contemporâneo, a Escola Andante já havia percebido, mesmo antes da pandemia, que levar as aulas de música para a casa de crianças e adolescentes era uma boa saída para os pais, cada vez mais sem tempo de ir e vir no trânsito da cidade. Piano, guitarra, violão, bateria, flauta e outros sete instrumentos podem ser aprendidos na sala ou no jardim. De certa forma, o coronavírus consolidou o modelo "delivery" e a demanda por esse serviço está alta. "No início da pandemia nós também migramos para a plataforma online", diz Bruno Grossi, fundador da escola. "Mas, depois de alguns meses, percebemos o desejo dos alunos em retornar para o sistema presencial." A Andante utiliza um método lúdico que combina os estilos clássico e popular, procurando sempre inserir na didática elementos e repertórios já conhecidos pelos alunos. Como são feitas individualmente ou em dupla – e com distanciamento – cantar e tocar em casa tem sido uma opção segura para aliviar as tensões.


A pandemia trouxe também inovações para os pequeninos. Depois de estar à frente de uma escola infantil bilíngue, a psicóloga e especialista em educação infantil Manoela Carvalhaes desenvolveu o projeto Joy (alegria, em inglês). Manoela conta que seu objetivo é levar conhecimento de forma lúdica para crianças de 1 a 5 anos. Com grupos de três ou quatro alunos, ela trabalha em casa as competências e vivências da educação infantil. "Trabalhamos conceitos de linguagens, escrita, oralidade, matemática, práticas na natureza, artes." As visitas podem acontecer uma ou mais vezes na semana, dependendo do interesse da família. Manoela explica que a vivência também pode ser adaptada a um projeto de bilinguismo. Com tantas opções para preencher a rotina, nada de se conformar que ficar em casa é sem graça mesmo.