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Estado de Minas VEÍCULOS

Saiba tudo sobre o Commander, SUV de grande porte da Jeep

Desenvolvido pela engenharia brasileira e produzido em Recife, o novo carro tem capacidade para sete passageiros e muita tecnologia embarcada


postado em 10/10/2021 23:14 / atualizado em 11/10/2021 00:36

Modelo é o maior da categoria no Brasil: capacidade é de sete lugares, com 4,79 metros de comprimento, 2,79 metros de entre-eixos e peso de 1.685 kg(foto: Stellantis/Divulgação)
Modelo é o maior da categoria no Brasil: capacidade é de sete lugares, com 4,79 metros de comprimento, 2,79 metros de entre-eixos e peso de 1.685 kg (foto: Stellantis/Divulgação)
Quem queria mais espaço, agora tem. Com início de vendas previsto para 5 de outubro, o Jeep Commander assume o posto de modelo top de linha entre os SUVs da marca. Passa a ser o maior e mais sofisticado produzido no Brasil. A capacidade é de sete lugares, com 4,79 metros de comprimento, 2,79 metros de entre-eixos e peso de 1.685 kg. O SUV de grande porte da Jeep destaca-se também pela sofisticação em tecnologia embarcada que carrega.

O Commander chega em quatro versões (Limited e Overland 1.3 flex; Limited e Overland diesel) sem qualquer opcional, uma forma para racionalizar a produção naturalmente mais restrita de um SUV que tem preços entre R$ 200 mil e R$ 280 mil. O design nos remete ao do Compass, chamando a atenção os detalhes, como os faróis full-LED, luzes diurnas sobre eles e as setas de direção dinâmicas. A traseira é o ângulo de maior personalidade do Commander, onde se destacam lanternas horizontais em LED e os vários detalhes cromados.

O design remete ao do Compass: chamam a atenção detalhes como os faróis full-LED(foto: Stellantis/Divulgação)
O design remete ao do Compass: chamam a atenção detalhes como os faróis full-LED (foto: Stellantis/Divulgação)
Espaço interno é o que não falta, com acabamento em couro e suede nos bancos, painel, console central e portas. Tudo é grande no novo SUV, inclusive o quadro de instrumentos digital, que tem medidas semelhantes à central multimídia e totalmente configurável. Para os ocupantes da segunda fileira de bancos existem saídas do ar-condicionado, além de entradas USB, também disponíveis para o sexto e sétimo assentos. O SUV, como não poderia deixar de ser, dispõe de amplo porta-malas. São 661 litros com cinco assentos - 185 litros a mais do que o Compass - e 233 litros caso os sete assentos estejam à disposição. Mantidos apenas os dois bancos dianteiros, o Commander pode acomodar até 1.760 litros de carga.

A lista de equipamentos de conforto, assistência à condução e segurança é extensa e coloca o Commander em condição de brigar com modelos até bem mais caros. De série, todas as versões têm, por exemplo, sete airbags, alerta de ponto cego, carregador de celular por indução, frenagem automática de emergência, assistente de estacionamento, controle de velocidade adaptativo, sistema de manutenção em faixa e de reconhecimento de placas, farol alto automático, banco do motorista com regulagem elétrica – também no do carona nas versões superiores - e detector de fadiga.

Acabamento dos bancos, painel, console e portas em couro e suede(foto: Stellantis/Divulgação)
Acabamento dos bancos, painel, console e portas em couro e suede (foto: Stellantis/Divulgação)
A tampa do porta-malas conta com abertura e fechamento elétrico - nas versões Overland ainda há sensor de presença. Por aplicativo no celular, o motorista pode também ligar o carro, o ar-condicionado, destravar ou travar as portas ou mesmo localizar ou rastrear o veículo, dentre muitas outras facilidades conectadas. No multimídia, outra novidade: os serviços da assistente virtual Alexa a partir da versão Overland flex, a segunda mais barata.

O Commander tem os mesmos motores 1.3 turboflex de 185 cv do Compass, acoplado ao câmbio automático de seis velocidades, e 2.0 turbodiesel de 170 cv, com câmbio de nove marchas, tração 4×4, seletor de pisos e controle automático de descida. A garantia do novo SUV é de três anos, com revisões a cada 12 mil quilômetros ou um ano para as versões turbo flex 4×2 e 20 mil quilômetros ou um ano para as diesel 4×4. Mas quem comprar o Commander até 7 de outubro, quando termina o período de pré-venda, não pagará as três primeiras revisões.

(foto: Stellantis/Divulgação)
(foto: Stellantis/Divulgação)
O Commander chega à rede Jeep no início de outubro apresentando o desafio do "canibalismo" em relação ao Compass. Isso porque o modelo topo da linha nacional chegará às revendas por R$ 200 mil na versão Limited e R$ 220 mil na Overland, ambas com motorização 1.3 turbo flex, e R$ 260 mil na Limited e R$ 280 mil na Overland equipadas com motor 2 litros turbo diesel. A dúvida é se, com esses preços muito competitivos, os consumidores que estavam de olho nas versões superiores do Compass, como a Trailhawk, (R$ 235 mil), não irão preferir o Commander. Esse é, no frigir dos ovos, um bom problema.

Essa migração deverá, sim, ocorrer em alguns casos, mas nem todos que buscam um SUV sofisticado desejam ou precisam de um veículo com as avantajadas dimensões do Commander. Até porque a estrutura de vias públicas, vagas e estacionamentos no Brasil torna as manobras e dirigibilidade de veículos de maiores dimensões um tanto quanto complicada.

(foto: Stellantis/Divulgação)
(foto: Stellantis/Divulgação)
Já para as demais marcas, a competitividade do Commander é uma real preocupação. Segundo Alexandre Aquino, responsável pela marca na América Latina, o Commander disputará a preferência dos consumidores, dentre outros, com Caoa Chery Tiggo 8, Volkswagen Tiguan, Toyota SW4, Mitsubishi Outlander, Mercedes Benz GLB - opções que variam de R$ 180 mil a R$ 370 mil. O executivo, porém, não revela qual sua projeção de vendas para o Commander. "Mas queremos liderar o segmento já no primeiro mês de produção", acrescenta Everton Kurdejak, que comanda as operações comerciais da Jeep no Brasil.

Não deixa de ser um sinal positivo do que o Commander pode representar nos licenciamentos da marca. Dentre os modelos citados por Aquino, o líder tem sido o SW4 há tempos. Em 2019, por exemplo, o SUV da Toyota acumulou mais de 13,5 mil licenciamentos, encerrou o ano passado com 9,1 mil e em 2021, até julho, com o mercado em recuperação, superou 7,3 mil unidades, sinalizando a volta ao patamar pré-pandemia. Nos bastidores, a expectativa é de vendas de pelo menos 1 mil unidades do novo SUV a cada mês, fortalecendo assim a liderança da marca no segmento, hoje de 23% com Renegade e Compass, além das participações dos importados Cherokee e Wrangler.

Apesar dos preços sobrepostos em alguns casos, Aquino entende que o Commander não roubará vendas do Compass de modo significativo. O público e a proposta do produto, justifica, são diferentes. De fato, além dos dois bancos adicionais, porte, espaço interno e equipamentos colocam o novo SUV em outro patamar. Ainda este ano o Jeep Commander será exportado para outros mercados da América Latina. O modelo, concebido pela engenharia brasileira da Stellantis, é inédito no mundo. Uma versão é fabricada na China, mas, segundo a montadora, totalmente distinta do Commander brasileiro, que utiliza a mesma plataforma do Compass, do Renegade e do Fiat Toro.

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