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Estado de Minas PET

Em alta, setor de planos de saúde para cães e gatos atrai investidores

Empresários apostam no custo-benefício e praticidade do serviço


postado em 12/11/2021 09:46 / atualizado em 12/11/2021 09:46

O Grupo My Pet lançou o primeiro plano de atendimento veterinário domiciliar do Brasil:
O Grupo My Pet lançou o primeiro plano de atendimento veterinário domiciliar do Brasil:  "É uma grande inovação para o segmento e por um valor justo", diz o sócio-fundador Bruno Mello Ferreira (foto: Francielle Turesso/Divulgação)
Um setor que já era bem visto antes da pandemia acabou caindo ainda mais nas graças dos consumidores brasileiros: o mercado pet. O isolamento social resultou em mais tempo em casa, o que levou a uma maior convivência com os animais de estimação e, é claro, a mais mimos para eles. E nem só de ração e água vive a bicharada. Além do segmento de alimentos (Pet Food), medicamentos veterinários (Pet Vet) e cuidados com a higiene e bem-estar (Pet Care), outro mercado se desponta: o de planos de saúde para cães e gatos.

A curitibana Plamev Pet, que conta com investidores mineiros, lançou um marketplace focado em saúde e serviços para os animais que se expandiu para todo o país. Com planos de assistência que variam entre 43,89 e 397 reais, a marca faturou 5 milhões de reais em 2020. O empreendimento se deu após o anúncio de aporte milionário feito pela FIR Capital - Health Invest - Duxx, em uma negociação liderada pela butique de M&A VS1 Capital, que também passou a ter parte minoritária no negócio. O investimento de 2 milhões de reais permitiu uma diversificação nos serviços disponibilizados. A empresa também lançou um novo modelo de negócio para atrair empreendedores em todo o Brasil. "Selecionamos empresários que compartilham dos ideais da marca e amam pets", diz o CEO Pedro Svacina. Em Minas Gerais, a primeira unidade foi inaugurada na cidade de Uberlândia.

A Au!Happy investiu em um projeto de plano de saúde
A Au!Happy investiu em um projeto de plano de saúde "bom para cachorros": "A ideia veio na pandemia. Já temos uma experiência na área da saúde humana, e percebemos a movimentação exponencial no setor pet", diz Rodrigo Felipe, sócio diretor da empresa (foto: Divulgação)
Quando o "bicho pega" e é preciso buscar atendimento veterinário de urgência, os custos nem sempre são acessíveis, o que acaba pesando no orçamento familiar. Para quem tem mais de um animal de estimação, então, manter vacinas, exames e consultas em dia é uma verdadeira ginástica. Criada pelo Grupo First, a Au!Happy investiu em um projeto de plano de saúde "bom para cachorros", como os donos costumam falar. "A ideia veio na pandemia. Já temos uma experiência na área da saúde humana e percebemos a movimentação exponencial no setor pet", diz Rodrigo Felipe, presidente do grupo First e sócio da empresa. Segundo ele, os números apontam que cerca de 50% das famílias brasileiras adotaram um pet na pandemia. E os gastos anuais em clínicas e hospitais veterinários chegam à cifra de 7 bilhões de reais.

A Plamev Pet lançou um marketplace focado em saúde e serviços para os animais que se expandiu para todo o país:
A Plamev Pet lançou um marketplace focado em saúde e serviços para os animais que se expandiu para todo o país: "Também lançamos um novo modelo de negócio para atrair empreendedores de todo o Brasil", diz o CEO Pedro Svacina (à esq.), com o sócio-fundador Raphael Clímaco (foto: Divulgação)
De olho nessa fatia de mercado, a empresa investiu 2,5 milhões de reais e disponibiliza três tipos de coberturas, que variam entre planos mais simples a mais robustos, com direito até a hospedagem em hotel. Os planos já comercializados em Belo Horizonte e região metropolitana têm mensalidades que variam entre 50 e 120 reais. "Este ano iremos para outras duas capitais", diz Rodrigo. Com 54,2 milhões de cães e 23,9 milhões de gatos, o Brasil é o segundo maior mercado do mundo em vendas de produtos pet e encerrou 2020 com um faturamento de mais de 40 bilhões de reais, de acordo com dados do Instituto Pet Brasil. O brasileiro fica em segundo lugar com relação ao número de cães e gatos per capita, o que estimula o mercado a trazer novidades para os consumidores.

A PetWell é a primeira startup brasileira a operar com plano de saúde 100% digital:
A PetWell é a primeira startup brasileira a operar com plano de saúde 100% digital: "Os filiados escolhem onde querem levar o pet, pagam pelo serviço, e através do app da empresa, enviam cópia da nota fiscal para reembolso", explica Ana Luisa Gomes, co-fundadora da empresa, na foto com o sócio Alexandre Berger (foto: Divulgação)
O Grupo My Pet, de Curitiba, foi pioneiro e lançou o primeiro plano de atendimento veterinário domiciliar do Brasil. A empresa já tem planos de expansão geográfica para o primeiro semestre de 2022, focando, inicialmente, na região Sul. Com investimento de 1 milhão de reais, disponibiliza atendimento veterinário no conforto de casa. "É uma grande inovação para o segmento e por um valor justo", diz Bruno Mello Ferreira, sócio-fundador e diretor geral. O plano único, para animais de todos os tamanhos e idades, tem o custo mensal de 64,90 reais.

Outra novidade no setor foi lançada pela também curitibana PetWell. A empresa de tecnologia focada na saúde dos pets é a primeira startup brasileira a operar com plano de saúde 100% digital. O preço é modelado conforme a necessidade do tutor, que pode optar por cobertura financeira entre 5.000,00, 10.000 e 15.000 reais, com reembolso de 70, 80 ou 90% do valor do atendimento médico veterinário. Os filiados escolhem onde querem levar o pet, pagam pelo serviço, e por meio do app da empresa, enviam cópia da nota fiscal para reembolso. "Diferentemente das demais empresas de plano de saúde, não limitamos o número de eventos a serem realizados e nem temos um valor de tabela para cada reembolso. O que o cliente gastar, recebe de volta, seguindo as regras de limite de gasto anual e percentual de reembolso do valor do atendimento contratado", explica Ana Luisa Gomes Coelho Seleme, co-fundadora da empresa. O plano já está disponível para contratação em todas as cidades do Brasil. Um mercado em que todos os envolvidos estão latindo, ops, rindo à toa.

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