Apesar de ser muito necessário para o metabolismo das proteínas nos seres humanos, o molibdênio ainda é pouco conhecido pelas pessoas. O nutriente, que é um mineral metálico, é encontrado no leite, feijão, ervilha, cereais e pão.
Apesar de rara, a deficiência de molibdênio pode causar dor de cabeça seguida de convulsões, coma e até morte, caso o mineral não seja adicionado à mistura alimentar. Em todo o mundo, a incidência é de menos de 100 casos registrados, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Contudo, a ingestão inadequada ocorre especialmente em pessoas hospitalizadas ou que não estejam recebendo alimentação adequadas. Neste caso, podem surgir sintomas como taquicardia, náusea e vômitos, letargia e desorientação.
O molibdênio também tem importante função nos processos fisiológicos das plantas. O nutriente é fundamental para a síntese e ativação da redutase do nitrato, enzima que realiza a redução do nitrato na planta. Participa também na fixação simbiótica do nitrogênio pelas leguminosas, comprovando que é essencial para o crescimento de plantas superiores.
"A função mais relevante do molibdênio nas plantas está ligada ao metabolismo do nitrogênio e também à ativação enzimática, principalmente com as enzimas nitrogenase e redutase do nitrato. Esses processos estão associados à produção de aminoácidos e proteínas pelas plantas", explica o engenheiro agrônomo Valter Casarin, da ONG Nutrientes para a Vida (NPV).
Já a deficiência de molibdênio nas plantas causa clorose, encurvamento das folhas velhas, ausência de formação de lâmina foliar, redução do tamanho das folhas e sua morte, provocando queda prematura. Em leguminosas, a falta do mineral provoca a deficiência de nitrogênio, que é essencial para os vegetais.