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Estado de Minas BEM-ESTAR

Alguns aditivos usados em alimentos podem causar câncer

'Anvisa' dos Estados Unidos proibiu seis substâncias recentemente


postado em 31/10/2018 11:24 / atualizado em 31/10/2018 11:30

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

Em decisão recente, a Food and Drugs Administration (FDA), espécie de Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dos Estados Unidos, proibiu seis aditivos alimentares artificiais comumente encontrados em sorvetes, chicletes, assados e doces para dar sabor característico de hortelã, canela e cítricos. A razão: após pesquisas feitas com animais de laboratório, foram encontrados efeitos carcinogênicos se consumidos em altas doses.

Vale lembrar que as substâncias químicas adicionadas aos alimentos são usadas com o objetivo de conservar, intensificar ou modificar as propriedades físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, sem prejudicar o valor nutritivo.

No entanto, de acordo com a nutricionista Débora Bonhen Guimarães, da Sociedade Brasileira de Diabetes, é necessário controlar o uso dos aditivos alimentares, pois a ingestão em grande quantidade pode trazer sérios riscos à saúde. "Os três principais males associados ao consumo excessivo são câncer, hipersensibilidade alimentar e déficit de atenção com hiperatividade. Alguns públicos ainda são mais vulneráveis ao consumo, como as gestantes, os idosos e as crianças menores de três anos. Existem ainda, pessoas que possuem o organismo mais sensível a certas substâncias e qualquer composto artificial pode causar reações adversas, como coceira no corpo, alergias de pele, dificuldade de respiração, problemas gastrointestinais, entre outros", comenta a especialista.

Estas são as substâncias proibidas pela FDA: benzofenona (encontrada em cereais matinais, produtos de panificação e produtos lácteos congelados); pulegone (simula o sabor de menta ou hortelã em balas); acrilato de etila; éter metil eugenil; piridina; e myrcene. De acordo com a agência americana, os ingredientes só são utilizados em pequenas quantidades, mas os dados encontrados pesquisadores foram suficientes para chegar à proibição.

"Apesar de não haver risco comprovado para saúde humana do uso de tais aditivos nas quantidades utilizadas pela indústria, que está de acordo com o uso moderado, os órgãos avaliadores precisam ter maiores critérios de cuidados para a liberação dessas substâncias na adição em alimentos, levando em consideração, também, resultados positivos de estudos observacionais e com modelos animais. Dessa forma, as empresas são obrigadas a procurar formas mais naturais de realçar sabores nos produtos industrializados, contribuindo com a prevenção de riscos à população", afirma a nutricionista.

Ainda assim, é importante lembrar que os alimentos industrializados no geral, principalmente se consumidos regularmente, podem trazer uma série de malefícios à saúde. "Quanto mais produtos naturais consumirmos, menores serão as chances de termos problemas sérios de saúde derivados de aditivos alimentares. Por isso, manter uma alimentação saudável e balanceada é sempre a melhor escolha", afirma Débora Guimarães.

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