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Estado de Minas BEM-ESTAR

Chá muito quente aumenta risco de câncer de esôfago

Isso é o que aponta uma pesquisa recém divulgada


postado em 22/03/2019 09:24 / atualizado em 22/03/2019 09:37

(foto: Pexels)
(foto: Pexels)

Se você adora beber chá, fique atento a este estudo publicado no dia 20 de março no jornal científico International Journal of Cancer: a ingestão constante dessa bebida quente pode aumentar o risco de câncer de esôfago. O alerta foi dado por cientistas da Universidade de Ciências Médicas de Teerã, no Irã.

Segundo a nova pesquisa, quem bebe mais de 700 ml de chá a uma temperatura superior a 60º C, chega a ter 90% mais chance de sofrer com um tumor no esôfago do que as pessoas que bebem menos chá ou em temperaturas inferiores.

O estudo, liderado pelo pesquisador Farhad Islami, que faz parte da Sociedade Americana de Câncer, dos Estados Unidos, avaliou mais de 50 mil pessoas que moram em Golestan, no Irã.

De acordo com o cientista, citado pelo jornal português Correio da Manhã, apesar de muita gente gostar de bebidas quentes, como café e chá, o ideal é "esperar que as bebidas quentes esfriem" antes de serem consumidas.

Os participantes da pesquisa recém divulgada tinham entre 40 e 75 anos e foram acompanhados por cerca de 10 anos. Entre 2014 e 2017, foram registrados 317 casos do câncer.

Não é a primeira vez que um estudo associa a ingestão de bebida quente ao aparecimento de tumor na garganta ou no esôfago. A novidade, porém, é que a investigação da Universidade de Ciências Médicas de Teerã permitiu identificar a temperatura que gera mais risco para a saúde.

Estimativas da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer apontam que o tumor no esôfago é o oitavo mais comum no mundo, vitimando cerca de 400 mil pessoas, por ano. As principais associadas a esse tipo de cancro são o tabagismo e o consumo de álcool. Além disso, a ingestão regular de bebidas muito quentes também trazem risco significativo para o surgimento da doença.

Apesar de o chá ter sido o alvo do novo estudo, os cientistas alertam que é preciso realizar novas investigações para identificar se o principal ativador do câncer é a temperatura e não o tipo da bebida.

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