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Estado de Minas INUSITADO

Papua Nova Guiné tem 'epidemia' de perigoso alongamento peniano

Homens estão injetando até óleo de cozinha em busca de um pênis maior


postado em 12/04/2019 10:46 / atualizado em 12/04/2019 11:18

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

Papua Nova Guiné é um pequeno país da Oceania e ganhou as manchetes em todo o mundo devido a uma "epidemia" inusitada: homens estão injetando substâncias estranhas, incluindo óleo de coco e silicone, em seus pênis na tentativa de deixá-los maiores. A informação foi divulgada pelo jornal britânico The Guardian.

Um médico do Hospital Geral de Port Moresby (capital do país), citado pelo periódico, afirma que nos últimos dois anos sua clínica tratou pelo menos 500 homens com desfiguração e disfunção peniana como resultado dessas injeções caseiras e perigosas. "Eu chego a receber cinco novos casos toda semana nos últimos dois anos. Não sabemos quantos deles estão por aí", comenta o cirurgião Akule Danlop.

As substâncias usadas como tentativa de realizar o alongamento peniano caseiro incluem óleo de coco, óleo de bebê, silicone e até óleo de cozinha. Os efeitos colaterais são sérios, às vezes irreversíveis. "A maioria fica com massas anormais e irregulares no pênis e algumas vezes envolvem o saco escrotal. Um número grande de homens chega com úlceras, que eventualmente se abrem. Alguns deles têm dificuldade para urinar porque o prepúcio está tão inchado que não pode contrair", revela o médico ao The Guardian.

O cirurgião precisou operar 90 homens para lidar com inchaços e nódulos anormais ou para reparar danos ao músculo responsável pela ereção. Em alguns casos, os homens tiveram disfunção erétil após a intervenção cirúrgica. "Predominantemente, eles se arrependem do que fizeram", diz Akule Danlop.

Essa "epidemia" de fórmulas caseiras para o suposto aumento do pênis afeta homens de todas as classes sociais de Papua Nova Guiné. Como mostra o jornal britânico, normalmente, eles têm de 18 a 40 anos. Porém, Danlop afirma ter tratado adolescentes com 16 anos e homens com mais de 55.

"Há pacientes com cargos respeitáveis, como advogados. É em todo o país, não apenas em Port Moresby", comenta o cirurgião.

Segundo Glen Mola, professor de Saúde Reprodutiva, Obstetrícia e Ginecologia da Universidade de Papua Nova Guiné, os homens estão sendo "enganados" por essas práticas inseguras realizadas por pessoas que se alimentam das inseguranças deles. "Eu não acho que é uma coisa particular do nosso país. Em todas as sociedades, adolescentes e jovens adultos têm dúvidas sobre o pênis. Muitos jovens estão sendo enganados... Gastam dinheiro para supostamente aumentar o órgão sexual e acabam sofrendo ferimentos graves. Não faz o que se pretende e pode causar danos terrívei. Em alguns casos, não poderá mais fazer sexo", afirma o professor, citado pelo The Guardian.

O problema é ainda mais grave porque, conforme Glen Mola, as injeções dessas substâncias irregulares eram dadas por profissionais de saúde. "Maioria é de enfermeiros. Essas pessoas fazem isso sem qualquer licença, claro. Não tem nada a ver com o trabalho da Enfermagem. Eles querendo ganhar dinheiro de toda forma. É uma espécie de campanha publicitária, que vende ilusão", diz o especialista.

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