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Estado de Minas BEM-ESTAR

Estudo descobre substância natural que pode 'desligar' a fome

O celastrol ajuda a dar sensação de saciedade


postado em 04/10/2018 09:51 / atualizado em 05/10/2018 16:52

A videira conhecida como trovão de Deus, muito comum na China, possui uma substância que pode ajudar no combate da obesidade(foto: Wikimedia/Qwert1234/Reprodução)
A videira conhecida como trovão de Deus, muito comum na China, possui uma substância que pode ajudar no combate da obesidade (foto: Wikimedia/Qwert1234/Reprodução)

Cientistas do centro de pesquisa Helmholtz Zentrum, de Munique, na Alemanha, podem ter descoberto uma poderosa arma contra a obesidade. Trata-se de uma substância chamada celastrol, que é encontrada, principalmente, na planta conhecida como trovão de Deus (Tripterygium wilfordii) – uma videira nativa do sul da China. A informação foi divulgada pelo site americano Medical News Today, especializado em notícias médicas.

Os pesquisadores testaram o celastrol em camundongos obesos e observaram que o composto químico foi capaz de ativar as áreas do cérebro responsáveis pela saciedade. Ou seja, na prática, a substância conseguiu "desligar" a fome dos roedores.

Ao Medical News Today, o professor Paul Pfluger, principal autor do estudo, explica o funcionamento da substância no corpo: "O organismo das pessoas afetadas pela obesidade perde a sensibilidade a um hormônio chamado leptina, e é isso que causa a perda da sensação de saciedade. O celastrol devolve ao corpo a capacidade de sentir os efeitos desse hormônio, promovendo a saciedade e, consequentemente, reduzindo a fome".

Ainda de acordo com o pesquisador, durante o estudo foi observado que os camundongos tratados com celastrol tiveram uma perda média de peso corporal de 10% num período de sete dias. Pfluger esclarece que já se sabe que o funcionamento do "hormônio da fome" é semelhante em roedores e humanos, por isso, está otimista com o próximo passo da pesquisa, que é a realização de testes clínicos em pessoas.

O celastrol foi testado pela primeira vez em 2015, entretanto, a conclusão da pesquisa ocorreu nos últimos dias e os resultados foram publicados no periódico científico da Associação Americana de Diabetes.

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