
Deixar a icônica sede na região noroeste da cidade, onde esteve por 60 de seus 70 anos de atividades, foi necessário para seguir com a missão dada por Menin ao então novo presidente da Itatiaia, Diogo Gonçalves, e ao vice, João Vitor Xavier, quando a rádio foi comprada: "Digitalizar, digitalizar e digitalizar", relembra Diogo. Hoje, quase um ano e meio depois, pode-se dizer que o objetivo vem sendo cumprido com excelência, afinal, a Itatiaia alcançou o posto de rádio mais ouvida do Brasil em fevereiro deste ano graças ao crescimento exponencial da audiência no YouTube. Atualmente, são mais de meio milhão de inscritos no perfil da emissora na plataforma, prova de que o investimento em streaming de áudio e vídeo foi acertado.


Há 21 anos trabalhando na emissora, a diretora de jornalismo da Itatiaia, Maria Cláudia Santos, destaca que a digitalização e a mudança para a nova sede trouxeram novas possibilidades, mas o foco na credibilidade continua inalterado. "Já conseguimos traçar metas de novos produtos da rádio para os próximos cinco anos, porém, mesmo com tantos recursos e ferramentas que temos agora, podendo produzir para diversas plataformas, não nos descuidamos da nossa essência, que é realizar uma boa apuração dos fatos antes de noticiá-los", diz.

O pensamento das três profissionais à frente do jornalismo da emissora condizem com o lema - antes estampado na portaria da antiga sede do Bonfim, e que agora está em um lugar de destaque na redação: "Nós vendemos espaço, não vendemos opinião", frase do fundador, Januário Carneiro. Inclusive, os dois primeiros ambientes de entrada da nova sede abrigam um mini-museu, com fotos de momentos importantes e objetos que marcaram a história da rádio, mostrando que tradição e modernidade são dois conceitos que caminham em harmonia na Itatiaia.