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Estado de Minas BEM-ESTAR

Produtos ditos 'naturais' para crianças podem ser ruins

Sucos e snacks 'saudáveis' possuem muito açúcar e sódio, alerta estudo


postado em 05/04/2019 11:50 / atualizado em 05/04/2019 12:18

(foto: Coca-Cola/Divulgação)
(foto: Coca-Cola/Divulgação)

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Glasgow, no Reino Unido, avaliou 332 marcas de alimentos voltados para as crianças e descobriu que mesmo sendo considerados "saudáveis" estão cheios de sal e açúcar e não são tão nutritivos quanto alegam nas embalagens. A informação foi divulgada pelo jornal irlandês Independent.

O estudo avaliou marcas à venda no Reino Unido em termos de quantidade de calorias, teor de gordura, concentração de açúcar e sal, além das alegações de que ajudariam a suprir os nutrientes equivalentes a cinco dias da semana. Os resultados mostram que 41% deles eram menos saudáveis %u200B%u200Bquando comparados às recomendações nutricionais para crianças. A pesquisa foi publicada no periódico científico Archives of Diseases in Childhood na última quinta, dia 4 de abril.

Barras de cereais tinham a maior concentração de calorias e gorduras saturadas, enquanto os cereais matinais tinham o maior teor de sal. Lanches (snacks) de frutas apresentaram o maior teor de açúcar, com média de 48 g de carboidrato para cada  100 g de produto, ainda que dissessem ser o recomendado para os dias da semana. Para os pesquisadores, citados pelo Independent, é provável que as informações dos rótulos sejam confusas para os pais.

Quase 25% dos produtos avaliados, a maioria bebidas à base de frutas e snacks, traziam nas embalagens a informação de que eram "sem adição de açúcar". Mas metade deles era composta por suco ou purê de frutas como ingredientes adicionados. "As frutas processadas são percebidas como uma alternativa natural saudável aos açúcares adicionados, mas devido à sua decomposição em nível celular, elas potencialmente têm o mesmo efeito negativo sobre o ganho de peso do que outras formas de carboidratos", afirmam os cientistas da Universidade de Glasgow, citados pelo jornal.

Conforme os pesquisadores, as descobertas indicam que as "informações nutricionais usadas nas embalagens dos produtos são confusas atualmente". "Os alimentos pré-embalados destinados a crianças podem ser consumidos como parte de uma dieta 'equilibrada e saudável', mas suas informações sobre saúde e nutrição permanecem questionáveis. Dadas as crescentes taxas de obesidade infantil, o consumo de alimentos menos saudáveis %u200B%u200Bpode ter implicações negativas a longo prazo na saúde das crianças", alertam os cientistas, de acordo com o Independent.

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