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Estado de Minas ARQUEOLOGIA

Descoberta a causa da destruição de Sodoma e Gomorra

Cidades bíblicas teriam sido devastadas pela ira de Deus


postado em 27/11/2018 09:40 / atualizado em 27/11/2018 10:03

Apesar dos relatos bíblicos dizerem que Sodoma e Gomorra foram destruídas pela ira de Deus, arqueólogos afirmam que um meteorito foi o responsável pela tragédia milenar(foto: Wikimedia/John Martin/Reprodução)
Apesar dos relatos bíblicos dizerem que Sodoma e Gomorra foram destruídas pela ira de Deus, arqueólogos afirmam que um meteorito foi o responsável pela tragédia milenar (foto: Wikimedia/John Martin/Reprodução)

Como está escrito no livro de Gênesis, capítulo 19, do Velho Testamento, as cidades de Sodoma e Gomorra, localizadas no vale de Sidim, próximo ao mar Morto, no Oriente Médio, teriam sido "varridas" do mapa por Deus devido ao comportamento pecaminoso de seus moradores. Agora, arqueólogos americanos dizem que essa região pode ter testemunhado uma grande catástrofe natural há cerca de quatro mil anos, que a deixou inabitável por séculos.

Cientistas da Universidade Trinity Southwest, instituição cristã que fica em Albuquerque, Novo México (EUA), acreditam que a civilização do mar Morto tenha sido destruída há 3,7 mil anos por causa da explosão de um meteorito que atingiu a atmosfera terrestre.

De acordo com o arqueólogo Phillip Silvia, citado pela agência russa de notícias Sputnik, os resultados preliminares das escavações feitas no local que teria comportado as cidades bíblicas de Sodoma e Gomorra, onde viviam cerca de 65 mil pessoas naquele tempo, tenha sido obliterada pela poderosa onda de calor, pelo vento e por partículas pequenas decorrentes da explosão do corpo celeste.

As ondas empurraram a água salgada do mar Morto que devastou o solo. Segundo os pesquisadores americanos, a explosão teria destruído "não apenas 100% das cidades da Idade do Bronze, mas também afetou o solo das zonas que até então eram férteis", diz Philip.

Ainda de acordo com os arqueólogos, a explosão do meteorito a pouca altitude teria causado uma catástrofe que destruiu a região, incluindo a cidade antiga de Alto el-Hammam, onde pesquisadores vêm trabalhando há anos. Isso foi confirmado após a realização da datação por carbono em resquícios de paredes de tijolos de argila que desapareceram das habitações da cidade milenar, restando apenas fundamentos de pedra.

A cerâmica superficial encontrada no local teria se derretido ao ponto de virar vidro, o que corresponde aos efeitos de temperaturas muito altas. A catástrofe teria deixado a região inabitável por até 700 anos, conforme avaliação dos cientistas.

Vale lembrar que explosões como essa não são restritas ao passado. Cinco anos atrás, um meteorito explodiu na atmosfera perto da cidade russa de Chelyabinsk, prejudicando mais de mil moradores. Outra explosão ainda mais poderosa foi registrada em 1908, quando um objeto espacial explodiu numa região pouco povoada da Sibéria, devastando dois mil km².

(com Agência Sputnik)

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