Estado de Minas PALEONTOLOGIA

Em breve teremos um Jurassic Park de verdade?

Cientistas conseguem reviver célula de mamute de 28 mil anos


postado em 13/03/2019 11:28 / atualizado em 13/03/2019 11:40

(foto: Wikimedia/rpongsaj/Creative Commons/Reprodução)
(foto: Wikimedia/rpongsaj/Creative Commons/Reprodução)

Lembra do filme Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros, lançado em 1993? Pois é, daqui a alguns anos poderemos trazer à vida uma espécie de animal extinto há milhares de anos. Isso porque uma equipe de cientistas russos e japoneses conseguiu ressuscitar células de um bebê mamute-lanoso (Mammuthus primigenius) chamado Yuka – descoberto na região da Sibéria, na Rússia, em 2010. A informação foi divulgada pelo jornal americano New York Post.

Os restos mumificados de Yuka foram preservados no permafrost (solo congelado) siberiano no mar de Laptev, onde a fêmea morreu há mais de 28 mil anos. O DNA foi extraído de células que se encontram dentro dos músculos e da medula óssea do mamute, e dezenas de núcleos menos danificados foram implantados em óvulos de camundongos. Cinco deles apresentaram "sinais de atividade biológica", de acordo com o periódico americano.

As células estavam mais danificadas do que se esperava inicialmente, mas o experimento mostrou um resultado significativo.

Mas, não ache que teremos um Jurassic Parks tão cedo, já que nenhuma das células implantadas produzia divisão celular, o que seria um processo chave para qualquer esperança de clonar esses parentes gigantes dos elefantes, e que foram extintos há cerca de 10 mil anos.

De qualquer forma, o novo teste sugere que, apesar dos anos decorridos desde a morte de Yuka, "a atividade das células ainda pode ser recuperada e partes dela podem ser recriadas", afirma o pesquisador Kei Miyamoto, da Universidade de Kindai, no Japão, um dos autores do estudo, citado pelo New York Post. "Precisamos de novas tecnologias, queremos tentar várias abordagens. É um passo significativo para trazer mamutes de volta à vida", concluiu o cientista japonês.

A pesquisa foi publicada no renomado periódico científico Nature.

Vale lembrar que esta não é a única tentativa de trazer os mamutes de volta à vida. O geneticista George Church, da Universidade de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), ambas dos Estados Unidos, está liderando a equipe do projeto Harvard Woolly Mammoth Revival (Ressuscitação do Mamute-Lanoso de Harvard, em tradução livre) cujo objetivo é conseguir reproduzir um mamute para ajudar os esforços de conservação da vida animal em todo o mundo.

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